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PT deleta passivo de Alckmin e mira Tarcísio e Doria em pedidos de CPI

Bancada do PT na Alesp coleta assinaturas para tentar instalar CPIs que miram o governador Tarcísio de Freitas e o governo de João Doria

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Fábio Vieira/Metrópoles
alesp plenário posse 2023
1 de 1 alesp plenário posse 2023 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Maior bancada de oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o PT deletou do seu radar as suspeitas envolvendo as gestões do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), agora aliado e vice-presidente da República, e decidiu mirar os pedidos de CPI da nova legislatura no atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e nos antecessores João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB).

Deputados petistas estão coletando assinaturas de colegas para protocolar ao menos seis Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) espinhosas para Tarcísio e os dois ex-governadores que o apoiaram no segundo turno da eleição estadual contra o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Pelo regimento da Alesp, até cinco CPIs podem funcionar simultaneamente.

No caso de Tarcísio, a proposta de investigação mais delicada envolve o episódio do tiroteio durante uma agenda de campanha do atual governador na favela de Paraisópolis, em outubro de 2022, que resultou na morte de um homem por um policial militar. O inquérito foi arquivado pela Justiça paulista depois que o Ministério Público alegou legítima defesa do PM que matou o suspeito.

Outra proposta de CPI incômoda ao Palácio dos Bandeirantes que está na lista do PT está relacionada aos contratos milionários que a empresa de informática do secretário da Educação, Renato Feder, tem com a pasta que ele comanda desde o início do governo Tarcísio. O caso foi revelado pelo Metrópoles no fim do ano passado e está sob apuração do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Os petistas também tentarão aprovar a instalação de uma CPI para investigar suspeitas de irregularidades no Instituto Butantan, responsável pela produção de vacinas contra a Covid-19, durante o governo Doria, e os contratos emergenciais milionários feitos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que foi loteado ao presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), durante a gestão tucana.

Formada por 18 deputados, a bancada do PT pretende ainda apurar por meio de uma CPI na Alesp os problemas operacionais e os atrasos na construção do monotrilho na capital paulista e também a concessão das linhas de trens da CPTM — feita no governo Doria — cuja operação coleciona uma série de falhas. O Ministério Público já defendeu a rescisão do contrato.

Para protocolar uma CPI são necessárias pelo menos 32 assinaturas de apoio, entre os 94 parlamentares. Somente cinco comissões podem funcionar ao mesmo tempo e a instalação segue ordem cronológica de protocolo. Em 2019, no início da última legislatura, assessores de partidos da oposição e da situação disputaram lugar na fila para tentar colocar suas CPIs na frente. Neste ano, o protocolo só será aberta daqui a dez dias, após a inserção de todos os deputados no sistema digital.

Há quatro anos, o PT brigou para tentar instalar a CPI da Dersa, que buscava investigar os escândalos de corrupção na estatal de obras viárias durante os governos do PSDB, incluindo o do atual vice-presidente Geraldo Alckmin. Depois que o ex-tucano virou companheiro de chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os petistas desistiram da CPI.

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