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PSol pressiona PT a assinar texto alternativo a Plano Diretor de Nunes

PSol tenta unir partidos de esquerda contra projeto de Ricardo Nunes, mas parte dos petistas negocia em paralelo com governistas

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André Bueno/Câmara Municipal
Arselino Tatto
1 de 1 Arselino Tatto - Foto: André Bueno/Câmara Municipal

São Paulo – Vereadores do PSol e integrantes do PT tentam costurar um acordo para unir os partidos de esquerda contra o projeto de lei de revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) da capital apresentado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). O grupo, entretanto, enfrenta resistência de parte da bancada petista na Câmara Municipal.

Petistas ligados à família Tatto, que tem influência na legenda, votaram com o prefeito e o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União), no 1º turno, há duas semanas.

Apesar da pressão de petistas, incluindo o ex-prefeito Fernando Haddad, o grupo dá sinais de que pode manter o posicionamento favorável ao governo na votação do texto em segundo turno. Para isso, eles negociam com a base de Nunes pelo menos uma mudança no PDE.

Fundurb

A mudança em negociação refere-se ao uso dos recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), uma conta que tem cerca de R$ 2 bilhões em caixa. O dinheiro é destinado para obras de habitação e investimentos em melhorias urbanas.

A prefeitura, entretanto, quer usar os recursos para recapeamento e pavimentação de pistas. Se esse trecho for retirado do novo PDE, os vereadores Arselino Tatto (na foto em destaque), Jair Tatto, Manoel Del Rio e Senival Moura devem votar pela aprovação do plano.

Entenda as sete principais mudanças do novo Plano Diretor de SP.

O PSol, porém, e um grupo de arquitetos renomados da cidade reunidos no Fórum23, está elaborando um projeto substitutivo ao PDE e deve apresentá-lo no começo da semana que vem.

Há tratativas, segundo petistas e psolistas, para que os vereadores do PT Alessandro Guedes, Helio Rodrigues, Luna Zarattini e João Ananias, que votaram contra o PDE no primeiro turno, assinem esse projeto substitutivo.

Como forma de pressionar os petistas dissidentes, na semana passada, o diretório municipal do PT na cidade aprovou um posicionamento contrário à aprovação do plano. Mas não haverá nenhuma punição a quem votar a favor do projeto.

A votação do PDE em segundo turno está marcada para a tarde do próximo dia 21, mas na Câmara já se discute a possibilidade de que a sessão seja adiada em mais uma semana.

As últimas audiências públicas devolutivas do projeto, que devem apresentar o texto final da revisão, estão marcadas para segunda (19), terça (20) e a manhã de quarta-feira (21).

Adensamento

O novo PDE libera a construção de prédios mais altos ao redor de estações de metrô e corredores viários da cidade, aumentando o adensamento da capital paulista.

O projeto vai permitir que as construtoras ergam torres com uma área de até seis vezes o tamanho de um terreno numa faixa de até um quilômetro de distância das linhas de metrô, ante um limite de até 600 metros, vigente atualmente.

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