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Psicoterapias podem melhorar insônia, mostra estudo da USP

A Terapia Cognitivo-Comportamental apresenta resultados mais rápidos. Já o efeito da Terapia de Aceitação e Compromisso pode durar mais

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1 de 1 Terapia - Metrópoles - Foto: Javi Sanz/Getty Images

São Paulo – Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) demonstrou a eficácia de duas abordagens diferentes de psicoterapia no tratamento da insônia. Os resultados demonstram que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que trabalha comportamentos e pensamentos relacionados ao sono, garante resultados mais rápidos. Por outro lado, a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), com o objetivo ampliar a “flexibilidade psicológica” do paciente, tem efeitos mais duradouros no sono.

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A Terapia Cognitivo-Comportamental foca nos hábitos e na higiene do sono, assim como na modificação de crenças e pensamentos sobre as causas e consequências da insônia
A Terapia de Aceitação e Compromisso visa entender a forma como o paciente se relaciona com o sono, além de analisar os comportamentos que mantêm o problema
Para evitar a insônia, algumas pessoas adotam comportamentos que podem prejudicar o sono, como ficar rolando a tela do celular antes de dormir
“A ACT propõe uma abertura para sentir o desconforto, o que chamamos de aceitação, aliada ao comprometimento de atingir o que de fato é importante para a pessoa a longo prazo, isso é, seus valores. Talvez por ter uma abordagem mais global, trabalhando questões muito além dos maus hábitos de sono, a ACT não apresente resultados tão rápidos quanto a TCC”, explicou a especialista da USP
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Enquanto a TCC apresentou resultados mais rápidos, o efeito da ACT foi mais duradouro

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A Terapia Cognitivo-Comportamental foca nos hábitos e na higiene do sono, assim como na modificação de crenças e pensamentos sobre as causas e consequências da insônia

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A Terapia de Aceitação e Compromisso visa entender a forma como o paciente se relaciona com o sono, além de analisar os comportamentos que mantêm o problema

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Para evitar a insônia, algumas pessoas adotam comportamentos que podem prejudicar o sono, como ficar rolando a tela do celular antes de dormir

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“A ACT propõe uma abertura para sentir o desconforto, o que chamamos de aceitação, aliada ao comprometimento de atingir o que de fato é importante para a pessoa a longo prazo, isso é, seus valores. Talvez por ter uma abordagem mais global, trabalhando questões muito além dos maus hábitos de sono, a ACT não apresente resultados tão rápidos quanto a TCC”, explicou a especialista da USP

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Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo foi divulgado no Journal of Consulting and Clinical Psychology. O método foi conduzido ao longo de seis semanas com 227 voluntários diagnosticados com insônia, divididos em três grupos. Um deles realizou sessões coletivas de TCC, o outro de ACT, e o último não fez nenhuma terapia. As pessoas que tiveram acesso ao tratamento psicológico apresentaram resultados eficazes, apesar de distintos.

“Trata-se de uma ótima notícia para os insones. Já se sabia que a TCC é eficaz para o tratamento da insônia, oferecendo ótimos resultados. Nosso trabalho, no entanto, é o primeiro a avaliar, em um número grande de participantes, as respostas da ACT e compará-las com as da TCC e com a ausência de tratamento. Isso é importante, pois nem todos os pacientes conseguem melhorar com a TCC”, destacou, em comunicado, Renatha El Rafihi-Ferreira, professora do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia (IP) da USP e primeira autora do artigo.

De acordo com a pesquisadora, as duas abordagens de terapia seguem “lógicas distintas”. A TCC trabalha os hábitos e a higiene do sono, assim como a mudança de convicções sobre as causas e as consequências da insônia. Já a ACT busca entender a forma como o indivíduo se relaciona com o sono, além de analisar os comportamentos que mantêm o problema.

Insônia

Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia. O tipo agudo é caracterizado pela dificuldade em pegar no sono diante situações de estresse ou doença. Comum nas faixas etárias mais avançadas, a insônia crônica é definida pela dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo, assim como acordar antes do tempo desejado no mínimo três vezes por semana, ao longo de pelo menos três meses.

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