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Psicólogos e segurança privada: a volta às aulas na Escola Sapopemba

Estudantes voltam na próxima segunda-feira (6/10) à escola que foi alvo de ataque armado; espaço terá atividades de acolhimento e segurança

atualizado

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Marcelo S. Camargo/Governo de SP
Imagem colorida da fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde houve ataque a tiros que matou aluna de 17 anos na zona leste de Sâo Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde houve ataque a tiros que matou aluna de 17 anos na zona leste de Sâo Paulo - Metrópoles - Foto: Marcelo S. Camargo/Governo de SP

São Paulo – As aulas na Escola Estadual Sapopemba serão retomadas na próxima segunda-feira (6/10) depois de duas semanas suspensas por causa do ataque a tiros que deixou uma estudante morta e outras duas baleadas em 23 de outubro.

A retomada das atividades no local contará um plantão de psicólogos do programa Psicólogos nas Escolas e do Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI) da Secretaria da Justiça e Cidadania, além de outros profissionais que vão oferecer atendimentos individuais e coletivos à comunidade escolar.

Atividades de acolhimento foram preparadas para receber os cerca de 1.800 alunos que estudam nos três turnos da escola.

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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta

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Atirador invadiu escola estadual em Sapopemba, matou aluna e feriu outros dois

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Segundo a Secretaria Estadual da Educação, estão programadas rodas de conversa e apresentações de dança, teatro e música. As ações serão feitas com o suporte dos profissionais do Conviva, programa voltado para a melhoria da convivência escolar, e contarão com a participação de alunos de escolas parceiras.

A pasta afirma ainda que o espaço da escola foi revitalizado com o objetivo de torná-lo mais acolhedor. Foram feitas manutenções, pinturas, reforma da quadra poliesportiva, instalação de novos portões e paisagismo. As obras custaram cerca de R$ 900 mil e foram pagas com recursos da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).

Nesta quarta-feira (1º/11), a gestão da escola enviou um comunicado aos pais dos alunos avisando que eles receberão detalhes sobre o cronograma de aulas e as atividades de acolhimento nesta sexta-feira (3/11).

Um segurança privado começa a trabalhar no local na segunda-feira. O vigilante está entre os profissionais contratados pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para atuar na rede pública depois do ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro no começo deste ano, quando um aluno matou a professora Elizabeth Tenreiro.

Como mostrou o Metrópoles, os seguranças terão que trabalhar armados com cassetete, mas não precisaram comprovar treinamento específico para atuar em ambiente escolar.

Abaixo-assinado

A volta às aulas têm sido vista com receio pelos alunos da Escola Estadual Sapopemba. Os alunos chegaram a organizar um abaixo-assinado reivindicando aulas online até o final do ano letivo. O documento conta com apoio de pais e responsáveis e recebeu mais de 11 mil assinaturas.

“Queria conseguir terminar a escola de um jeito decente, mesmo que seja pelo método EAD”, afirmou uma aluna no site em que o abaixo-assinado foi publicado.

“Será inevitável ficar cinco horas na sala de aula, com medo, angústia, e esperando os sons de tiros. Sons que a todo momento se repetem em minha cabeça. E a imagem de correr e não parar, para não morrer”, escreveu outro aluno.

O ataque

Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, morreu após ser ferida com um tiro na nuca, quando se preparava para descer uma escada. Outras duas estudantes também foram baleadas e um quarto jovem se machucou ao cair enquanto tentava fugir.

“Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair. Saímos correndo, batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, contou um dos alunos da escola em entrevista ao Metrópoles.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”.

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