Prova do TJSP que Suzane von Richthofen prestou foi anulada na capital
Concurso para escrevente técnico foi anulado apenas na capital. TJSP deve divulgar nova data. Suzane prestou a prova em Bragança Paulista
atualizado
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São Paulo — O concurso público que Suzane von Richthofen, de 41 anos, prestou para ingressar no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) foi anulado na capital paulista. O órgão comunicou em nota sobre a anulação da prova para escrevente técnico judiciário realizada no último domingo (8/9).
De acordo com o TJSP, o motivo seria um erro no horário do término do exame, o que prejudicou candidatos. Em um dos locais de aplicação, a fiscal de sala encerrou a prova uma hora antes do horário determinado.
“Para não prejudicar os candidatos que ali estavam, em homenagem à isonomia, a Presidência do TJSP decidiu que será realizada nova prova objetiva, em data a ser definida”, diz comunicado do tribunal.
Ainda segundo o TJSP, a anulação alcança apenas a capital paulista. Portanto, não deve afetar Suzane, que prestou a prova para escrevente técnico em Bragança Paulista, no interior do estado, onde ela vive atualmente. Ela fez a prova em um colégio de Campinas.
O órgão afirmou ainda que irá divulgar mais informações pela Vunesp, banca aplicadora do exame, e pelos canais de comunicação do TJSP.
Cargo de escrevente técnico
O salário para escrevente técnico judiciário do TJSP começa em R$ 6.043 e pode aumentar conforme a formação do candidato e o plano de carreira. Além disso, os servidores têm direito a benefícios como auxílio saúde, alimentação e transporte, bem como gratificações.
Aprovados com formação em nível superior têm direito a 5% de adicional de qualificação. Também há bônus para quem tem pós-graduação lato sensu (7,5%), mestrado (10%) e doutorado (12,5%).
Suzane, que atualmente cumpre pena em regime aberto pelo homicídio dos pais, está cursando direito no campus Bragança Paulista da Universidade São Francisco.
De acordo com o TJSP, mesmo que Suzane seja aprovada, ela pode não assumir o cargo, pois terá de apresentar atestado de antecedentes criminais. Dependendo do crime cometido, o candidato pode ser desclassificado. Ainda assim, a estudante de direito poderia recorrer à Justiça.