Projeto que veta uso de celular em escolas de SP será votado hoje
Ideia ganhou apoio de parlamentares da esquerda à direita e deve ser aprovada sem entraves. Projeto prevê veto inclusive nos intervalos
atualizado
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São Paulo – Um projeto que prevê vetar o uso de celulares em escolas públicas e privadas de São Paulo será votado nesta quinta-feira (7/11) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Apoiado por parlamentares da esquerda à direita, o projeto deve ser aprovado sem entraves na casa.
No Palácio dos Bandeirantes, a sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também já é dada como certa por fontes consultadas pelo Metrópoles.
Apresentado inicialmente pela deputada estadual Marina Helou (Rede), o projeto recebeu 40 pedidos de coautoria nos últimos meses, entre nomes como o bolsonarista Danilo Balas (PL) e a feminista Paula Nunes (PSol).
A discussão do tema em São Paulo ecoa movimento semelhante em Brasília, onde outro projeto é debatido pelos deputados federais e já tem consenso dentro do Ministério da Educação (MEC).
O projeto na Alesp prevê que os estudantes sejam proibidos de utilizar os aparelhos inclusive durante os intervalos escolares. A exceção é permitida apenas quando os dispositivos forem utilizados para atividades pedagógicas ou nos casos de necessidade para garantir a inclusão a alunos com deficiência.
Além dos celulares, aparelhos eletrônicos como tablets e relógios inteligentes também teriam seu uso vetado no período em que os alunos estiverem nos colégios. A ideia prevê que os dispositivos sejam armazenados pela escola e devolvidos ao fim do período de aulas. As unidades de ensino também teriam que criar “canais acessíveis” para se comunicar com pais e responsáveis.
Os deputados defendem a medida com base em estudos que mostram a relação entre o uso dos aparelhos e a redução da capacidade cognitiva dos alunos, e pesquisas que falam sobre o efeito negativo das mídias sociais em adolescentes.
Em outubro, uma pesquisa do Instituto Datafolha apontou que 62% dos brasileiros com mais de 16 anos apoiam a proibição dos celulares por crianças e adolescentes nas escolas.