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Professor da USP acusado de assédio foi orientador de Silvio Almeida

Investigado por relatos de assédio a alunos, Alysson Mascaro foi orientador de Silvio Almeida, também acusado de ter assediado funcionárias

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Alysson Mascaro e Silvio Almeida se abraçam em evento - Metrópoles
1 de 1 Alysson Mascaro e Silvio Almeida se abraçam em evento - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo Investigado internamente na Faculdade de Direito da USP por assédio contra ao menos 10 estudantes, o professor e advogado Alysson Mascaro foi orientador da dissertação de mestrado do ex-ministro Silvio Almeida, de quem é amigo próximo.

Almeida chefiou a pasta de Direitos Humanos do governo Lula até setembro deste ano, quando foi exonerado após também ter sido acusado de assédio a funcionárias e à ministra Anielle Franco (Igualdade Racial). O caso foi revelado pelo Metrópoles.

Mascaro é apontado no meio jurídico como um dos responsáveis por catapultar o nome de Almeida, que já deu declarações públicas e entrevistas sobre a importância de Mascaro em sua trajetória profissional.

Os dois são frequentemente vistos juntos em eventos, como no 3º Festival de Inverno do Projeto Cordão, em Avaré, no interior paulista, em 30 de julho. Na ocasião, os dois se abraçaram (foto em destaque) e dividiram os microfones em uma das palestras.

Uma das principais referências teóricas do marxismo no Brasil, Mascaro orientou Almeida na dissertação “O Direito no Jovem Lukács: Uma Reflexão de Filosofia do Direito em torno de ‘História e Consciência de Classe'”.

A defesa de Alysson Mascaro, em nota ao Metrópoles, alega que as acusações “não possuem materialidade e nunca foram sequer formalizadas” e que são feitas por perfis falsos no Instagram “criados para propagar calúnias, inverdades e estimular intrigas entre Mascaro e pessoas do ambiente acadêmico”.

Os advogados ainda relatam que registraram dois boletins de ocorrência por injúria, difamação e perseguição e que foi protocolada uma representação criminal para apuração do crime de perseguição. “Em 25 de novembro, o Poder Judiciário deferiu um pedido liminar para que os dados cadastrais das contas falsas sejam revelados. Desse modo, a defesa aguarda o desfecho da investigação para que os fatos sejam devidamente esclarecidos0”, diz a defesa.

Colaborou Renan Porto

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