metropoles.com

Professor acusado de sequestro enquanto dava aula é solto em São Paulo

Justiça concedeu habeas corpus a professor que foi preso por sequestro em Iguape, no litoral, no momento em que dava aula em São Paulo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Paulo Pinto/Agência Brasil
Imagem mostra mulher e homem abraçados - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra mulher e homem abraçados - Metrópoles - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

São Paulo — O professor Clayton Ferreira Gomes dos Santos, 40 anos, foi solto nesta quinta-feira (18/4) depois de ser preso sob a acusação de sequestrar e roubar uma mulher em Iguape, no litoral paulista. Ele dava aula em São Paulo, a mais de 200 km do local, no momento do crime, segundo apontou sua defesa e a escola onde leciona.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) concedeu o habeas corpus ao professor nessa quarta (17/4). O desembargador Roberto Porto atendeu o pedido da defesa e criticou a polícia por ter pedido a prisão temporária do professor baseando-se somente no reconhecimento fotográfico dele. “Muito embora seja cediço que tal elemento indiciário é admitido como lícito e, por vezes, constitui ferramenta útil ao trabalho policial inicial, as pertinentes alegações trazidas pelos impetrantes têm o condão de infirmá-lo”, disse.

Na decisão, Porto afirmou que indícios de autoria do crime estavam enfraquecidos “pela hipótese plausível de o paciente estar trabalhando no momento do crime”.

A Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, onde o professor dava aulas de Educação Física, enviou às autoridades policiais uma declaração da carga horária e as folhas de ponto. O Metrópoles teve acesso ao documento (veja abaixo). No período entre outubro e novembro de 2023, Clayton assinala a presença em todos os dias letivos.

2 imagens
Folha de frequência do professor na Escola Deputado Rubens Do Amaral
1 de 2

Documento da Escola Deputado Rubens Do Amaral

Reprodução
2 de 2

Folha de frequência do professor na Escola Deputado Rubens Do Amaral

Reprodução

Em entrevista à Agência Brasil nesta quinta, o professor disse que tentou explicar que não tinha qualquer envolvimento com o crime. “Eu achei que explicando tudo o que expliquei à polícia, que nunca estive lá, não conheço a pessoa, não conheço a região, não sei onde fica, eles iam me soltar na hora. E nunca achei que ia ter que ficar preso por três noites e dois dias. Foi muito difícil, mas, graças a Deus, tinha pessoas ali que me ajudaram muito a ficar forte, a não deixar o psicológico abalado”, afirmou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?