Procon cobra explicações de concessionárias por falta de energia em SP
Mais de 400 mil moradores continuavam sem luz até a manhã desta segunda-feira (6/11); empresas deverão informar quais medidas foram tomadas
atualizado
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São Paulo – O Procon de São Paulo abriu um procedimento preliminar para investigar quais foram as medidas adotadas pelas concessionárias de energia para resolver o apagão que atingiu o estado depois do temporal da última sexta-feira (3/11).
Segundo a Enel, uma das empresas investigadas, 465 mil imóveis ainda estavam sem energia na manhã desta segunda na área de concessão, o que inclui a capital e cidades da região metropolitana.
Cerca de 300 reclamações por falta de energia foram registradas na plataforma do Procon entre a tarde de sexta e a manhã desta segunda-feira (6/11).
Segundo nota do governo estadual, o órgão notificou as empresas Enel, CPFL, Energisa, Elektro e EDP. As concessionárias deverão informar quais providências foram tomadas, qual o tempo de resposta para os consumidores e quais serão as medidas para ressarcimento de prejuízos.
Além disso, as cinco empresas devem apontar quais são seus planos de contingência e gerenciamento de crises e qual a quantidade de equipes de campo.
A notificação foi feita por determinação do governo estadual e as informações geradas poderão ser compartilhadas com outras instituições, como o Ministério Público e as agências reguladoras (Arsesp, Aneel e Anatel).
Nesta segunda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o governo federal vai notificar a concessionária Enel para explicar a falta de energia em bairros da capital paulista e de cidades da Grande São Paulo.
Também nesta segunda, à noite, a Defensoria Pública enviou ofício à Enel com questionamentos sobre a interrupção no fornecimento de energia. Entre as questões, o órgão quer saber sobre a política de compensação aos consumidores e quais os planos de emergência para situações como a ocorrida na última sexta.
O Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor (Nudecon), da Defensoria Pública, deu prazo de cinco dias para que a concessionária se manifeste.