Preso por morte de PM no Guarujá e mulher divergem em depoimentos sobre o crime
Ao falar sobre morte de policial da Rota, Erickson David da Silva e esposa disseram coisas diferentes sobre o que ocorreu no dia do crime
atualizado
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São Paulo – Em depoimento à Polícia Civil, Erickson David da Silva, o “Deivinho”, acusado de ser o autor do disparo que teria causado a morte do Policial Militar Patrick Bastos Reis no último dia 27, no Guarujá, afirmou nesta quarta-feira (2/8) que o tiro teria, na verdade, sido disparado por seu comparsa Marco Antônio, identificado como “Mazzaropi”.
Os dois estão presos, assim como o irmão de Deivinho, Kauã Jazon da Silva, que se entregou à polícia na madrugada desta quarta.
De acordo com as investigações, no momento em que Patrick foi alvejado, Deivinho estava em um lugar elevado vigiando um ponto de venda de drogas na Vila Júlia, enquanto Mazzaropi entregava os entorpecentes aos usuários. Kauã seria o responsável por informar sobre a movimentação das viaturas.
O delegado Antonio Sucupira, da delegacia sede do Guarujá, Deivinho teria informado aos investigadores o que estava fazendo no dia do crime.
“Erickson, no interrogatório, negou que tivesse feito os disparos e atribuiu ao Mazzaropi. Inclusive, ele mencionou o que estava fazendo no dia. Nós estamos mantendo isso em sigilo. O que importa é que sabemos que os três estavam lá no momento dos disparos”, afirmou o delegado.
Segundo Sucupira, Deivinho disse à polícia que Mazzaropi teria mentido em razão de uma suposta desavença com a esposa dele. O delegado não deu detalhes sobre o que seria essa desavença. A mulher de Deivinho foi ouvida, mas as versões não bateram, de acordo com Sucupira.
“Foi perguntado ao Erickson o motivo pelo qual o Mazzaropi teria o acusado como o autor dos disparos. Nesse momento, ele disse que ocorreu uma desavença entre Mazzaropi e sua esposa. Acabamos ouvindo também a mulher do Erickson. Para nós, existe uma divergência entre o depoimento do Erickson e o de sua esposa”, afirmou.
Bala extraída de corpo de PM
O delegado Antonio Sucupira disse que a equipe do Instituto Médico Legal (IML) da Praia Grande conseguiu remover um projétil do corpo do soldado Patrick Reis. O objeto passará por perícia para determinar se ele partiu da arma encontrada pelos policiais próximo ao local do crime.
“Nós tivemos a informação do IML de Praia Grande de que foi extraído um projétil de arma de fogo do policial Reis. A perita está finalizando o laudo das cápsulas. Com o projétil retirado, mais as cápsulas, juntamente com a arma que localizamos, será encaminhado para o Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, na capital. Isso para saber se o projétil e as cápsulas saíram da arma encontrada na Vila Júlia”.