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Preso dá cabeçada e morde agente ao ser visto com celular no Carandiru

Agente penitenciário viu preso falando ao telefone durante uma revista de rotina. Agressor foi encaminhado para cela isolada

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Imagem colorida de Fachada do Carandiru. Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Fachada do Carandiru. Metrópoles - Foto: Reprodução/ Street View

São Paulo — Um agente penitenciário, de 32 anos, foi agredido por um detento, de 46, com uma cabeçada na testa e uma mordida no braço, dentro do Complexo do Carandiru, na zona norte de São Paulo, na última quarta-feira (6/11).

A agressão aconteceu durante uma revista de rotina, quando o agente flagrou o detento falando ao telefone e ordenando que entregasse o aparelho, um microcelular. O preso se negou e avançou sobre o policial penal. Nesse momento, outros agentes chegaram para ajudar o colega, assim como outros seis detentos para proteger o agressor. Os agentes conseguiram conter o detento e apreender o celular.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) disse que o agressor foi encaminhado para uma cela isolada. A direção da unidade solicitou à Justiça a regressão de regime do preso e prestou todo atendimento ao agente, que passa bem.

“Ninjas do PCC”

Os “ninjas do PCC”, como são chamadas as pessoas contratadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para entrar nos presídios com celulares e drogas, começaram a atuar no Complexo do Carandiru.

Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), há algumas semanas, policiais penais que atuam na unidade prisional detectaram a atuação dos “ninjas” no Parque da Juventude, vizinho ao complexo.

Ainda de acordo com o sindicato, a grande circulação de pessoas na área pública dificulta a segurança do presídio. O procedimento padrão dos policiais penais é evitar a aproximação na muralha.

Inicialmente, a recomendação é engatilhar o armamento. O segundo passo é apontar a arma para a pessoa, e, caso o suspeito ainda não tenha se afastado, os agentes têm permissão para atirar.

Há uma escola técnica no parque. Por conta da grande movimentação de pessoas, o procedimento dos agentes é “totalmente anulado”. Segundo o sindicato, os “ninjas” estão se aproveitando dessa situação.

A SAP informou que agentes da Penitenciária da Capital localizaram e apreenderam objetos ilícitos, como os microcelulares, na área externa da unidade durante as rondas de rotina realizadas diariamente. Por isso, as ações de segurança na unidade foram intensificadas.

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