Após um ano de troca de cartas, preso conhece namorada em “saidinha”
Diego Fernando Marques Costa está há 9 anos preso em Tremembé; condenado por latrocínio, encontrou namorada que conheceu em troca de cartas
atualizado
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São Paulo — O Dia dos Namorados deste ano foi uma data especial para o marceneiro Diego Fernando Marques Costa, de 30 anos. Preso há 9 anos na penitenciária de Tremembé por latrocínio (roubo seguido de morte), ele foi beneficiado pela “saidinha de Santo Antônio” e pode conhecer, pela primeira vez, sua nova namorada, a vendedora Mayara Batista, de 32 anos.
Mayara foi a primeira pessoa que Diego abraçou quando quando foi liberado, na última terça-feira (11/6), para passar sete dias fora da prisão. Ainda no portão da penitenciária, que fica no interior de São Paulo, o casal passou uma hora se abraçando e beijando, emocionados pelo encontro. As informações são da coluna True Crime, do jornal O Globo.
Sem nunca terem se visto, os dois começaram a namorar por intermediação de um colega de cela dele. Conhecido da vendedora, ele disse a Diego sobre a Mayara e indicou que eles tinham tudo a ver um com outro. O marceneiro tomou a iniciativa de enviar uma carta e, após receber a resposta quase imediata, o casal começou a trocar cartas e engatou no relacionamento à distância há cerca de um ano.
Diego está preso há nove anos após ter sido condenado por latrocínio – ele alega inocência. Segundo o Ministério Público (MPSP), ele estava com um casal que sequestrou o empresário Sérgio Valério Bastos, de 47 anos, em março de 2015. Durante a ação, Sérgio foi morto com um tiro no rosto disparado pelo colega de Diego, e teve seus pertences e conta bancária roubados pelos três.
Condenado a 28 anos de prisão por latrocínio, Diego conta que participou da ação sem ter ciência do crime. Ao jornal O Globo, ele alegou que foi abordado pelo colega quando ía à casa de uma namorada, e decidiu ajudá-lo na condução de um carro automático. O veículo pertencia ao empresário, que foi amordaçado e preso no bagageiro. Diego diz que não viu a vítima, e disse que pensou em pedir a reavaliação jurídica da condenação, mas desistiu ao saber que a ação custaria R$50 mil em advogados.