Preso com 20 mil arquivos de pedofilia, homem é solto 24 horas depois
Homem de 45 anos admitiu à polícia baixar arquivos de pedofilia desde que tinha 15 anos de idade e morava no Japão
atualizado
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São Paulo – Um comerciante de 45 anos foi preso (veja abaixo) após a Polícia Civil encontrar mais de 20 mil arquivos de pornografia infantil na casa dele, na zona leste da capital paulista, na manhã dessa quinta-feira (18/5). Ele foi solto no dia seguinte, após audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (19/5).
Edson Shigueyoshi Murata afirmou aos policiais da 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia que começou a baixar arquivos de sexo explícito com crianças e adolescentes quando morava no Japão, para onde se mudou com 15 anos de idade. Ele permaneceu no país asiático até 2011, quando retornou para a capital paulista, na qual mantém um comércio de frutas e verduras há 9 anos.
Policiais da 4ª delegacia vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigaram as movimentações de Murata na internet, constatando que ele armazenava mais de 20 mil arquivos de imagens e vídeos com conteúdo de pedofilia.
Com base nas investigações, a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão, cumprido no início da manhã dessa quinta-feira, no bairro Jardim Catarina.
Na casa do comerciante, os policiais encontraram milhares de arquivos de pornografia infantil e prenderam Murata em flagrante. O conteúdo criminoso era mantido no computador do comerciante desde 2017, mostram as investigações. Armazenar arquivos de pedofilia é crime, como previsto pelo Estatuto de Criança e do Adolescente (ECA).
Murata foi encaminhado ao DHPP, no centro da capital paulista, onde foi indiciado por armazenar material contendo cenas de sexo explícito com crianças e adolescentes.
Ao Metrópoles o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou que, para permanecer em liberdade, o comerciante terá de cumprir medidas cautelares, como comparecer mensalmente ao fórum, a fim de justificar suas atividades, manter seu endereço atualizado, além de estar proibido de se ausentar da capital paulista por mais de oito dias, sem prévia comunicação à Justiça.
Ele pagou uma fiança equivalente a um salário mínimo (R$ 1.320) e foi solto. Nenhum advogado havia sido localizado até a publicação desta reportagem. O espaço segue disponível para eventuais posicionamentos.