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Presidiários têm acesso a telemedicina em programa do governo de SP

Mais de 1,3 mil presidiários foram atendidos entre abril e agosto. Governo de SP lançou programa de saúde digital na segunda (19)

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Imagem coloria do governador Tarcísio de Freitas olhando para um painel
1 de 1 Imagem coloria do governador Tarcísio de Freitas olhando para um painel - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo — Entre abril e a primeira semana de agosto, mais de 1,3 mil presidiários foram atendidos em 1,5 mil teleatendimentos de saúde em 26 unidades prisionais (UPs) no estado de São Paulo. Esse é um dos projetos do programa de saúde digital da rede pública lançado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nessa segunda-feira (19/8).  

O anúncio ocorreu durante a inauguração do Centro Líder de Inovação em Saúde Digital do Estado, instalado no Instituto Perdizes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), na zona oeste da capital paulista. O programa possui um investimento previsto de R$ 166 milhões.

O espaço, que reúne tecnologia de ponta e profissionais de saúde em diversas áreas, vai coordenar todas as políticas públicas em saúde digital. 

Para a diretora do Centro Líder, Paula Gobi Scudeller, “o principal ganho [do programa] é conseguir levar acesso de saúde a locais que hoje carecem dele”. Nas 26 UPs participantes da iniciativa, por exemplo, não havia equipe médica disponível para o atendimento, de acordo com a diretora.

O Instituto Perdizes dispõe de 98 estações de teleatendimento e um painel de monitoramento (na imagem em destaque) que apoiará as tomadas de decisões. 

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De abril a agosto, já foram realizados nesta iniciativa mais de 8 mil teleatendimentos
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Programa de saúde digital possui investimento previsto de R$ 166 milhões

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De abril a agosto, já foram realizados nesta iniciativa mais de 8 mil teleatendimentos

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O centro oferece quatro modelos de telessaúde: atenção primária (TeleAPS), especializada (AME+ Digital) e hospitalar (TeleUTI), além de assistência a presidiários (TeleSAP). Todos já estão em funcionamento e serão expandidos gradativamente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para toda a rede de saúde paulista.

De abril a agosto, já foram realizados nesta iniciativa mais de 8 mil teleatendimentos, com uma taxa de 82% de resolutividade, ou seja, consultas que foram feitas sem a necessidade de encaminhamento para médicos especialistas, solucionando as queixas dos pacientes.

“Para se ter ideia, a resolutividade da atenção primária no estado de São Paulo está de 30% a 40%. Hoje, no programa, a gente chega a mais de 80%. Isso significa que eu preciso encaminhar menos, inclusive, para prontos-socorros”, avalia Paula Gobi Scudeller.

No caso de um dos modelos, o TeleSAP, até a primeira semana de agosto a agenda de teleconsultas disponibilizada a presidiários teve uma taxa de ocupação de 95% e índice de resolutividade de 84%, abrangendo as especialidades de cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, infectologia, hematologia, nefrologia, neurologia, ortopedia e psiquiatria.

Para esse serviço está prevista a realização de mais de 40 mil teleconsultas e ampliação para mais 26 UPs, totalizando 52 UPs.

Já o AME+ Digital oferece assistência à população privada de liberdade em 63 UPs que possuem corpo médico para atendimentos internos, caso haja alguma necessidade de complemento por meio do atendimento presencial. O modelo, que é a versão digital de unidades de Ambulatórios Médicos de Especialidades, atua por meio de plataforma unificada, triagem, teleatendimento e aplicativo virtual.

Outros modelos

O serviço voltado para a rede básica de saúde é o TeleAPS (Tele Atenção Primária em Saúde), que permite atendimento multiprofissional remoto a pacientes de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e dos programas de Estratégia Saúde da Família (ESF) dos municípios paulistas.

O paciente procura uma UBS, com ou sem agendamento e, após triagem, é encaminhado para uma sala de teleatendimento para consulta com um profissional especializado em Medicina de Família e Comunidade ligado ao HCFMUSP. 

Já a TeleUTI, que está em fase de treinamento, auxiliará as equipes dos hospitais da rede pública de saúde com discussões dos quadros clínicos de pacientes internados nas UTIs, com o objetivo de melhorar resultados assistenciais, diminuir o tempo médio de permanência dos pacientes nos leitos e promover maior giro de leitos.

O governo de São Paulo estima que os custos com construção de novos leitos devem ser reduzidos em até R$ 76 milhões. 

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