Presidente do Metrô afirma que irá punir grevistas: “Conduta abusiva”
Segundo Júlio Castiglioni, presidente do Metrô, oficial de Justiça esteve no comando de operações para acompanhar a greve em São Paulo
atualizado
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São Paulo – O presidente do Metrô, Júlio Castiglioni, afirmou que a empresa vai punir os funcionários que organizaram a greve que paralisou quatro linhas de transporte de massa de São Paulo na manhã desta terça-feira (3/10). Ele prestou informações após um pronunciamento do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre a paralisação, no Palácio dos Bandeirantes.
“Não há nenhuma predisposição para negociar o interesse público”, disse Castiglioni. “Em persistindo o descumprimento da ordem judicial, nós vamos, no tempo devido, no modo devido, executar as multas, vamos punir aqueles que eventualmente empreenderam alguma conduta abusiva e é o mínimo que podemos apresentar como resposta”, completou.
A greve começou na madrugada desta terça-feira (3/10), fechando por completo as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, além das linhas 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Já as linhas 7-Rubi e 11-Coral de trem funcionam com operação parcial.
Segundo o presidente do Metrô, um oficial de Justiça esteve no Centro de Controle Operacional da companhia por volta das 6h para verificar o cumprimento da decisão do desembargador Celso Furtado de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). O magistrado determinou o funcionamento de 100% dos serviços no horário de pico — das 6h às 9h e das 16h às 19h — e de 80% nos demais horários, sob pena de aplicação de multa de R$ 500 mil ao sindicato.
No pronunciamento, Tarcísio afirmou que as propostas de privatização do Metrô, da CPTM e da Sabesp, motivo da greve conjunta de servidores das três companhias, estão ainda em fase de estudo e que haverá, ao longo do processo, audiências públicas e outros momentos em que pessoas contrárias à proposta poderão se manifestar.
Juntos, Metrô e CPTM transportam, todos os dias, cerca de 4,2 milhões de passageiros, considerando apenas as linhas administradas pelas duas estatais e que devem ter a operação afetada pela greve.
As linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, 4-Amarela e 5-Lilás, de metrô, e 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trem, estão operando normalmente. Ainda assim, a expectativa é que a paralisação provoque caos no trânsito da cidade.
Rodízio
Por causa da greve, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio nesta terça-feira para veículos com placas finais 3 e 4. Com isso, os carros poderão circular normalmente entre 7h e 10h e entre 17h e 20h. Continuam valendo o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as restrições de caminhões e fretados nas zonas máximas de circulação.