metropoles.com

Presa em operação na Cracolândia é suplente de vereadora pelo PT

Operação contra o tráfico na Cracolândia prendeu ex-candidata a vereadora pelo PT. Ação tem como objetivo combater atuação do PCC na região

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Facebook
Imagem colorida mostra banner de campanha de Janaína - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra banner de campanha de Janaína - Metrópoles - Foto: Reprodução/Facebook

São Paulo — Uma das pessoas presas nesta terça-feira (6/8) na operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o tráfico de drogas na Cracolândia, no centro de São Paulo, é uma mulher que concorreu à Câmara Municipal pelo PT, nas eleições de 2020, e ficou como suplente.

Janaina da Conceição Cerqueira Xavier, de 44 anos, é suspeita de ligação com o tráfico de drogas. Segundo o MPSP, ela é apontada como a pessoa responsável por um hotel na Alameda Barão de Piracicaba que seria usado como ponto de venda de drogas.

A prisão de Janaína foi requerida junto com a de outras seis pessoas, que seriam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e responsáveis pelo tráfico de drogas na Cracolândia.

Segundo o pedido de prisão da petista, ela seria parceira de Mardel Vidal da Silva, o “Barra Funda”, na operação do hotel. O documento lista uma série de mensagens de WhatsApp interceptadas durante a investigação nas quais Janaina detalha o cotidiano na Favela do Moinho, que fica perto da Cracolândia. Para os promotores, parte dessas mensagens traria informações para auxiliar o tráfico de drogas.

“Consoante elementos extraídos nas interceptações e confirmados pelo depoimento das testemunhas protegidas, os hotéis foram comprados e pertencem à família Moja, família que teria como líder o membro do PCC Leonardo Monteiro Moja, conhecido como “Leo do Moinho”, chefe do tráfico de drogas ocorrido no interior dos hotéis e ‘dono’ da Favela do Moinho”, comunidade no bairro Barra Funda, na zona oeste, diz o MPSP.

Janaina se candidatou para o cargo de vereadora pelo PT em 2020 e teve praticamente toda a campanha, de R$ 27,5 mil, financiada com recursos do fundo partidário da legenda, vindos do diretório do partido e da campanha do candidato a prefeito da sigla naquele ano, Jilmar Tatto.

Naquele ano, a então candidata apresentou um atestado de antecedentes criminais com nenhum registro de condenação criminal à Justiça Eleitoral. Na representação feita pelo MPSP, os promotores afirmam que ela já foi levada à delegacia anteriormente por crimes de furto, estelionato e lesão corporal.

O que diz o PT

Por meio de nota, o diretório municipal do PT informou que “Janaína nunca teve atividade no PT”. “Ela se filiou no dia 25 de abril de 2019 para concorrer no ano seguinte a vereadora, como representante da população em situação de rua, recebeu 238 votos e nunca mais participou de atividades partidárias”, diz o texto.

“Na época da filiação”, segue a nota, “não havia qualquer processo contra ela. O PT defende as investigações e que os culpados sejam punidos conforme a lei”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?