Prefeitura de SP nega morte por dengue e investiga erro de notificação
Confirmação de vítima pela doença apareceu no painel de monitoramento do governo estadual na manhã desta quinta-feira (8/2)
atualizado
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São Paulo – A Prefeitura de São Paulo negou que a capital paulista tenha uma morte confirmada por dengue e vai investigar por que o registro de uma vítima na cidade apareceu no sistema da Secretaria Estadual da Saúde, na manhã desta quinta-feira (8/2).
Segundo o secretário municipal de Saúde Luiz Carlos Zamarco, a morte não foi confirmada porque ainda está em investigação pelo Instituto Adolfo Lutz, que faz a análise dos casos suspeitos.
“Estamos tentando falar com o estado sobre essa notificação que subiu automaticamente no sistema deles para entender o que aconteceu”, afirmou o secretário ao Metrópoles.
A confirmação de um óbito pela doença apareceu no painel de monitoramento do governo estadual na manhã desta quinta e continuava no sistema até a publicação desta reportagem.
O painel foi lançado pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) na última terça-feira (6/2) e é abastecido com informações enviadas pelas prefeituras dos municípios.
Além da suposta morte na capital paulista, o sistema aponta também outros cinco óbitos. Segundo a gestão estadual, as demais vítimas teriam sido infectadas nas cidades de Pindamonhangaba (2), Bebedouro (1), Guarulhos (1) e Bauru (1).
Apesar de não terem enviado as notificações ao sistema do estado, as prefeituras de Dois Córregos, Taubaté e Jacareí afirmam que também registraram mortes pela doença. Em Bebedouro, a gestão municipal diz ter contabilizado duas mortes, uma a mais do que o notificado até o momento.
Somadas as mortes do painel da secretaria de Saúde e as anunciadas pelas prefeituras separadamente, o estado teria neste momento 10 registros de óbitos pela doença. Sem a capital, o número cairia para 9 mortes.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.