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Prefeitura de SP isola frequentadores da Cracolândia com grades

Gestão municipal instalou grades na Rua dos Protestantes; Prefeitura afirma que cercas vão ajudar trabalho de equipe de saúde na Cracolândia

atualizado

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Imagem mostra pessoas aglomeradas em rua degradada da Cracolândia - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra pessoas aglomeradas em rua degradada da Cracolândia - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — A Prefeitura de São Paulo instalou cercas de ferro que isolam os usuários de drogas na região da Cracolândia, no centro da capital. As grades foram colocadas na Rua dos Protestantes e dividem uma parte da pista entre uma área que pode servir à passagem de veículos e outra para o “fluxo”.

A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo.

De acordo com a gestão Ricardo Nunes (MDB), o espaço foi criado para “dar melhores condições de atendimento, sobretudo às pessoas mais vulneráveis dentro do fluxo”.

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Dependentes químicos em meio ao fluxo da Cracolândia, na Rua dos Protestantes, na região central de São Paulo
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Usuários da Cracolândia se aglomeram ao redor da Estação da Luz, em São Paulo
Dezenas de criminosos arrombaram comércio na Cracolândia
Usuários de droga caminham pela Avenida Rio Branco, na Cracolândia, em São Paulo
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Operação policial na Cracolândia

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Dependentes químicos em meio ao fluxo da Cracolândia, na Rua dos Protestantes, na região central de São Paulo

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Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia

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Usuários da Cracolândia se aglomeram ao redor da Estação da Luz, em São Paulo

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Dezenas de criminosos arrombaram comércio na Cracolândia

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Usuários de droga caminham pela Avenida Rio Branco, na Cracolândia, em São Paulo

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Operação na Cracolândia na manhã desta quinta (14/9)

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Operação na Cracolândia em setembro deste ano

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Operação na Cracolândia na manhã desta quinta (14/9)

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Fluxo de dependentes químicos da Cracolândia circula por vias do centro de São Paulo

Reprodução/Arquivo Pessoal

Em nota enviada ao Metrópoles, a Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos pontuou que o objetivo é favorecer o trabalho dos agentes de saúde e assistência social, garantir maior segurança deles e facilitar o trânsito de veículos das equipes.

“A Prefeitura reitera que a instalação desse espaço serve para avançar cada vez mais no trabalho de sensibilização dos usuários de álcool e outras drogas, em situação de vulnerabilidade, para o tratamento e aceite das ofertas de acolhimento”, completa o texto.

Já o Governo de São Paulo afirmou que não tem relação com a instalação das grades e que atua na região com medidas “alinhadas com a prefeitura”. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que ampliou o efetivo de segurança na região, “além de utilizar estratégias de inteligência e tecnologia para combater o tráfico de drogas nas cenas abertas de uso de entorpecentes”.

Operação em hospedarias

No último dia 13 de junho, a Polícia Civil deflagrou uma megaoperação na região da Cracolândia com o objetivo de desmantelar hotéis e pensões usados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para operar o tráfico de drogas local.

Investigações do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) mostram que a Cracolândia se mantém, apesar de um longo histórico de investidas policiais e de outros órgãos do poder público, em decorrência dessa “rede hoteleira”, chamada de hospedarias pela polícia, que são usadas como depósito de drogas da facção.

Do total de 140 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a pedido da Polícia Civil, 90 miravam os hotéis e pensões que ficam no entorno do fluxo de usuários de drogas. As cargas de entorpecentes, segundo a investigação, são escondidas de forma fragmentada em quartos de difícil localização e, em alguns casos, clandestinos.

Parte dos hotéis e pensões pertence a membros do PCC ou está registrada em nome de laranjas, para dificultar ainda mais a identificação dos criminosos. Segundo a polícia, proprietários de hospedarias não ligados diretamente à facção, porém, também acabam fazendo parceria com o tráfico, permitindo que drogas sejam guardadas em quartos de seus estabelecimentos, sendo pagos pelo serviço “terceirizado”.

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