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Prefeitura rompe contratos com Transwolff e UpBus por ligação com PCC

Concessionárias de ônibus são investigadas por suposta ligação com PCC. A Prefeitura não acolheu as defesas apresentadas pelas empresas

atualizado

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Jéssica Bernardo/Metrópoles
foto colorida de ônibus da Transwolff circulam normalmente no dia em que MPSP faz operação da empresa por suspeita de ligação com o PCC; na imagem, ônibus da empresa no Terminal Santo Amaro; Justiça tornou dirigentes da empresa réus - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de ônibus da Transwolff circulam normalmente no dia em que MPSP faz operação da empresa por suspeita de ligação com o PCC; na imagem, ônibus da empresa no Terminal Santo Amaro; Justiça tornou dirigentes da empresa réus - Metrópoles - Foto: Jéssica Bernardo/Metrópoles

São Paulo — A Prefeitura de São Paulo decidiu romper os contratos das empresas de ônibus Transwolff e UpBus, investigadas por suposto elo com o PCC. As defesas apresentadas pelas empresas não foram acolhidas pela gestão municipal.

“A Prefeitura esclarece que permanecerão as intervenções já em curso nas concessionárias. Dessa forma, estão garantidos os serviços prestados à população, bem como os pagamentos dos funcionários e fornecedores”, informou a prefeitura.

“A equipe técnica e jurídica dará prosseguimento à substituição da Transwolff e da UPBus, apresentando providências necessárias à manutenção do atendimento integral da população”, disse a gestão municipal, em nota.

Entenda

  • A Transwolff e a UpBus apresentaram na segunda-feira (27/1) as respectivas defesas no processo de caducidade de contrato com a Prefeitura de São Paulo.
  • As concessionárias estão sob intervenção da gestão municipal de São Paulo desde abril, quando foram acusadas de vínculo com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
  • O dono da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e o sócio da UpBus, Silvio Luís Ferreira, o Cebola, tiveram mandados de prisão cumpridos durante a operação.
  • Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público, a Transwolff recebeu um aporte de R$ 54 milhões da facção criminosa, obtidos com tráfico de drogas e outros delitos, para participar da licitação do transporte público na capital paulista.
  • A Transwolff e a Upbus operam, respectivamente, as linhas de ônibus da zona sul e leste da cidade de São Paulo — e transportam, juntas, 700 mil passageiros.

O que diz as empresas

Em nota, a Transwolff afirmou que a medida foi tomada “em total descompromisso com os princípios fundamentais do Direito”. Segundo a concessionária, “mesmo sem nenhuma comprovação da existência de qualquer vínculo da empresa e de seus dirigentes com organizações criminosas no processo judicial sigiloso em curso, a Prefeitura instaurou um procedimento administrativo repleto de inconstitucionalidades e desprovido de qualquer fundamento jurídico, utilizado como pretexto para justificar uma decisão administrativa injusta e ilegal”.

“Confiamos na Justiça e no Estado Democrático de Direito. A decisão ilegal da Prefeitura será contestada judicialmente. Confia-se no Poder Judiciário para restabelecer a legalidade e verdade dos fatos”, completou.

A UpBus ainda não se manifestou em relação à decisão. O espaço segue aberto.

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