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Prefeitura quer prisão de GCM acusado de chefiar milícia na Cracolândia

Procuradoria Geral do Município de SP defende a prisão preventiva do guarda suspeito de integrar milícia que cobra por proteção no centro

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1 de 1 GCM-extorsão-cracolândia-SP-1 - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – A Controladoria-Geral do Município de São Paulo solicitou ao Ministério Público paulista (MPSP) a prisão preventiva do guarda civil metropolitano (GCM) Elisson Assis após a constatação de que ele lidera uma milícia que cobra pela proteção de comerciantes na região da Cracolândia, centro da capital paulista.

O pedido foi encaminhado em caráter de urgência, nessa terça-feira (6), ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP.

Em sua solicitação, o controlador-geral da cidade de São Paulo, Daniel Gustavo Falcão Pimentel dos Reis, defende a prisão do guarda civil devido à necessidade de “preservação da boa convivência social.”

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Peças de computador recuperadas em bueiros  na Cracolândia
Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP
Guarda abriu empresa de segurança e monitoramento
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O GCM Elisson Assis foi afastado da corporação sob suspeita de liderar um grupo que cobra ilegalmente por segurança no centro de SP

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Peças de computador recuperadas em bueiros na Cracolândia

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Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP

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Guarda abriu empresa de segurança e monitoramento

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“Desse modo, há fundado receio, quase certeza, de que o noticiado, uma vez em liberdade, irá, no mínimo, ameaçar as vítimas, com base intimidações e pressões, resultando em grande prejuízo para a produção das provas em juízo, o que demonstra, de forma cabal, as irremediáveis implicações que a sua liberdade trará à instrução criminal e, mais uma vez, as suas extremas periculosidades”, argumenta o procurador.

Além do pedido de prisão, a Controladoria também solicita abertura de inquérito para que o GCM e seus cúmplices sejam denunciados.

Em seu Twitter, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou:

“A corrupção não será tolerada em nossa administração! Diante das denúncias de corrupção envolvendo guardas municipais e a cobrança indevida de comerciantes por serviços de segurança, quero deixar claro que os guardas municipais envolvidos foram afastados de suas funções.”

O MPSP afirmou à reportagem, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria se manifestar sobre o caso. Uma fonte que acompanha o caso informou, em sigilo, que o Gaeco trabalha com base nos solicitações da Prefeitura.

Entenda o caso

Prefeitura de São Paulo afastou sete guardas civis metropolitanos (GCMs) suspeitos de integrar uma milícia que extorquia dinheiro de moradores e comerciantes da região da Cracolândia em troca de segurança particular.

O caso foi revelado na segunda-feira (5/6) pelo repórter Lucas Jozino, da Band, e confirmado pelo Metrópoles.

Os GCMs suspeitos são integrantes da Inspetoria de Operações Especiais (Iope), considerada a tropa de elite da guarda, segundo nota enviada pela corporação à reportagem, nessa terça-feira (6/6).

Dependentes químicos se concentram em fluxo, no centro de SP

Os sete estão à disposição da Corregedoria da GCM. São eles: Elisson de Assis, Antônio Carlos Amorim Oliveira, Cristiano Rodrigues de Lima, Diego Tharssio Neves Teixeira, Ivan Nunes da Silva Júnior, Milton Cunha Matias e Rinaldo Regonha. A defesa deles não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

O GCM Elisson Assis é suspeito de liderar o esquema, segundo ele mesmo teria afirmado aos comerciantes da região. O Metrópoles teve acesso a um áudio atribuído a ele em que Elisson explica como funcionava o serviço de segurança paralelo.

De acordo com o registro, Elisson Assis abriu uma empresa em julho do ano passado. A partir de então, teria começado a cobrar de comerciantes e moradores do centro de São Paulo para dispersar o fluxo de usuários de drogas da Cracolândia. A Avenida Duque de Caxias seria uma das áreas alvo da milícia.

 

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