metropoles.com

Prefeitura quer prisão de GCM acusado de chefiar milícia na Cracolândia

Procuradoria Geral do Município de SP defende a prisão preventiva do guarda suspeito de integrar milícia que cobra por proteção no centro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Redes sociais
GCM-extorsão-cracolândia-SP-1
1 de 1 GCM-extorsão-cracolândia-SP-1 - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – A Controladoria-Geral do Município de São Paulo solicitou ao Ministério Público paulista (MPSP) a prisão preventiva do guarda civil metropolitano (GCM) Elisson Assis após a constatação de que ele lidera uma milícia que cobra pela proteção de comerciantes na região da Cracolândia, centro da capital paulista.

O pedido foi encaminhado em caráter de urgência, nessa terça-feira (6), ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP.

Em sua solicitação, o controlador-geral da cidade de São Paulo, Daniel Gustavo Falcão Pimentel dos Reis, defende a prisão do guarda civil devido à necessidade de “preservação da boa convivência social.”

4 imagens
Peças de computador recuperadas em bueiros  na Cracolândia
Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP
Guarda abriu empresa de segurança e monitoramento
1 de 4

O GCM Elisson Assis foi afastado da corporação sob suspeita de liderar um grupo que cobra ilegalmente por segurança no centro de SP

Reprodução/Redes Sociais
2 de 4

Peças de computador recuperadas em bueiros na Cracolândia

Divulgação/GCM/Facebook
3 de 4

Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP

Alfredo Henrique/Metrópoles
4 de 4

Guarda abriu empresa de segurança e monitoramento

Reprodução/Redes sociais

 

“Desse modo, há fundado receio, quase certeza, de que o noticiado, uma vez em liberdade, irá, no mínimo, ameaçar as vítimas, com base intimidações e pressões, resultando em grande prejuízo para a produção das provas em juízo, o que demonstra, de forma cabal, as irremediáveis implicações que a sua liberdade trará à instrução criminal e, mais uma vez, as suas extremas periculosidades”, argumenta o procurador.

Além do pedido de prisão, a Controladoria também solicita abertura de inquérito para que o GCM e seus cúmplices sejam denunciados.

Em seu Twitter, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou:

“A corrupção não será tolerada em nossa administração! Diante das denúncias de corrupção envolvendo guardas municipais e a cobrança indevida de comerciantes por serviços de segurança, quero deixar claro que os guardas municipais envolvidos foram afastados de suas funções.”

O MPSP afirmou à reportagem, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria se manifestar sobre o caso. Uma fonte que acompanha o caso informou, em sigilo, que o Gaeco trabalha com base nos solicitações da Prefeitura.

Entenda o caso

Prefeitura de São Paulo afastou sete guardas civis metropolitanos (GCMs) suspeitos de integrar uma milícia que extorquia dinheiro de moradores e comerciantes da região da Cracolândia em troca de segurança particular.

O caso foi revelado na segunda-feira (5/6) pelo repórter Lucas Jozino, da Band, e confirmado pelo Metrópoles.

Os GCMs suspeitos são integrantes da Inspetoria de Operações Especiais (Iope), considerada a tropa de elite da guarda, segundo nota enviada pela corporação à reportagem, nessa terça-feira (6/6).

Dependentes químicos se concentram em fluxo, no centro de SP

Os sete estão à disposição da Corregedoria da GCM. São eles: Elisson de Assis, Antônio Carlos Amorim Oliveira, Cristiano Rodrigues de Lima, Diego Tharssio Neves Teixeira, Ivan Nunes da Silva Júnior, Milton Cunha Matias e Rinaldo Regonha. A defesa deles não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

O GCM Elisson Assis é suspeito de liderar o esquema, segundo ele mesmo teria afirmado aos comerciantes da região. O Metrópoles teve acesso a um áudio atribuído a ele em que Elisson explica como funcionava o serviço de segurança paralelo.

De acordo com o registro, Elisson Assis abriu uma empresa em julho do ano passado. A partir de então, teria começado a cobrar de comerciantes e moradores do centro de São Paulo para dispersar o fluxo de usuários de drogas da Cracolândia. A Avenida Duque de Caxias seria uma das áreas alvo da milícia.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?