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Prefeitura de SP sanciona lei que cria dia em homenagem a Bruno e Dom

Lei de SP institui o dia “Bruno Pereira e Dom Phillips” em 5/6, mesma data em que o indigenista e o jornalista desapareceram no Amazonas

atualizado

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Foto colorida mostra protesto pedindo justiça para o caso de Dom e Bruno, que teriam sido mortos por ordem de Colômbia - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra protesto pedindo justiça para o caso de Dom e Bruno, que teriam sido mortos por ordem de Colômbia - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou uma lei que cria o dia “Bruno Pereira e Dom Phillips de Defesa da Amazônia e dos Povos Indígenas” em homenagem ao indigenista brasileiro e ao jornalista britânico, mortos em junho do ano passado, no Amazonas. O texto foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (27/4).

A data será celebrada em 5 de junho, data em que Bruno e Dom desapareceram no Vale do Javari.

A lei foi proposta em agosto de 2022 pelo vereador Toninho Vespoli (PSol) e aprovada em março deste ano. Na justificativa, o parlamentar afirma que “uma data de calendário é a forma de trazer, anualmente, este debate para o seio da sociedade paulistana”.

“São Paulo, como a maior e mais importante cidade do país, deve se debruçar sobre essa temática. São Paulo deve assumir a dianteira da luta em defesa da Amazônia e dos Povos Indígenas. Estabelecer uma data em que faremos memória de Bruno e Dom é não deixar que esse brutal crime seja esquecido”, justificou.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca
Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 
Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime
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Em 5 de junho de 2022, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira viajavam juntos para que Dom realizasse entrevistas para o livro que escrevia sobre a preservação da Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

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Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 

Arquivo pessoal
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Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime

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Mulheres realizam manifestação após morte de Bruno e Dom na Amazônia

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Bruno e Dom foram interceptados em rio e executados

Material cedido ao Metrópoles
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

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A tentativa de ocultação, porém, não teria dado certo. Jeferson e Amarildo retornaram no dia seguinte, esquartejaram os corpos e os enterraram em um buraco escavado. A distância entre o local em que os pertences foram escondidos e onde os corpos foram enterrados é de 3,1 km

Divulgação/Polícia Federal
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Depois de fazer uma reconstituição do caso junto a Amarildo, a força-tarefa anuncia ter encontrado “remanescentes humanos” que, mais tarde, se confirmariam como os corpos de Dom e Bruno

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Em 16 de junho, os corpos de Dom e Bruno chegaram a Brasília para realização de perícia e confirmação de identidade

Igo Estrela/Metrópoles
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Exame médico-legal indicou que morte de Dom Phillips foi causada por disparo de arma de fogo

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A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”

Funai/Divulgação
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Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. Ele dedicou a carreira à proteção dos povos indígenas. Nascido no Recife, tinha 41 anos. Ele deixa esposa e três filhos

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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

Bruno e Dom foram executados em junho passado, no Vale do Javari. Os corpos foram encontrados apenas dez dias depois. Os depoimentos dos três réus apontados como autores do assassinato da dupla foram agendados para o dia 8 de maio.

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