Prefeitura de SP entra na Justiça contra greve de motoristas de ônibus
Prefeitura de São Paulo pede 100% da frota de ônibus nos horários de pico e 80% dos coletivos nos demais horários
atualizado
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São Paulo – A Prefeitura de São Paulo entrou na Justiça para exigir a presença de 100% da frota de ônibus nas ruas da cidade nos horários de pico durante a greve dos motoristas de ônibus marcada para a próxima sexta-feira (7/6).
No pedido de tutela antecipada, a gestão municipal afirma que a paralisação pode prejudicar 4,3 milhões de passageiros, segundo estimativa da SPTrans, e pede que toda a frota seja disponibilizada entre 6h e 9h, e das 16h às 19h, além de 80% de funcionamento nos demais horários.
Nas redes sociais, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já havia anunciado que acionaria a Justiça para “garantir o direito das pessoas” caso a greve fosse mantida.
Além dos pedidos sobre a frota, a prefeitura também solicitou que a Justiça proíba o sindicato de fazer bloqueios nas garagens, vias públicas ou terminais, e solicite que o Ministério Público do Trabalho fiscalize a greve.
Em caso de descumprimento, a administração municipal pediu que o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) seja multado em R$ 1 milhão. O Tribunal Regional do Trabalho ainda não decidiu sobre o tema.
A categoria anunciou greve nessa segunda-feira (3/6) após uma assembleia realizada na frente da sede da Prefeitura de São Paulo.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 3,69%, além de 5% de aumento real e 2,46% para a reposição das perdas salariais durante a pandemia. O grupo também pede participação nos lucros das companhias.