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Prédio onde jovem foi assassinada misteriosamente não tem porteiro

Recrutadora encontrada nua na cama teria sido morta por sufocamento com travesseiro; apartamento na zona sul estava trancado por dentro

atualizado

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Reprodução/Arquivo Pessoal
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1 de 1 abre_pessoal-4 - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

São Paulo – O edifício onde a recrutadora Dalliene de Cássia Brito Pereira, de 21 anos, foi encontrada assassinada, dentro do próprio apartamento, não dispõe de porteiro.

O acesso ao condomínio, na zona sul da capital paulista, é feito apenas por meio de biometria facial e digital, segundo apurou a Polícia Civil de São Paulo. Somente moradores e funcionários estão habilitados a destravar os dispositivos.

Dalliene foi encontrada morta pela amiga com a qual dividia o apartamento, no 9º andar do prédio. Ela estava nua sobre a cama. Segundo investigações preliminares do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), a jovem foi morta por asfixia.

O caso intriga a polícia porque o corpo foi encontrado no apartamento com a porta do imóvel fechada por dentro. Minutos antes da confirmação do assassinato, testemunhas disseram ter ouvido a vítima gritar por socorro. Há ainda a suspeita de que ela possa ter sido vítima de violência sexual.

Além disso, câmeras de monitoramento do prédio não registraram a entrada ou saída de qualquer pessoa suspeita. Ninguém de fora também usou os elevadores entre o horário de chegada da vítima e o seu assassinato. Até o momento, todas as pessoas do convívio pessoal e profissional da jovem são investigadas.

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Policiais encontraram e apreenderam maconha
Recrutadora Dallliene de Cássia Brito Pereira, 21 anos
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Após ir a um happy hour com uma colega de trabalho, Dalliene voltou para o apartamento que dividia com Brunna Ysabelle Gondim Faria, 22, em Santo Amaro, por volta das 21h de sexta-feira (30/6). Cerca de nove horas depois, ela foi encontrada morta, nua e com um travesseiro sobre o rosto. As investigações policiais mostram que tanto Dalliene quanto Brunna não mantinham qualquer tipo de amizade com outros moradores do prédio. Uma única mulher, amiga de ambas, costumava ir eventualmente visitá-las.

Em áudios feitos por um vizinho, e já apreendidos pela polícia, é possível ouvir uma voz feminina dizendo “me solta” e “socorro”. A testemunha também relatou o “som da cama rangendo”, configurando-se “eventual crime de estupro”, de acordo com registros da Polícia Civil de São Paulo.

O barulho cessou por volta das 6h, quando o mesmo vizinho que gravou os pedidos de socorro afirmou ter ouvido “a porta se fechando”, indicando que alguém teria saído do apartamento.

Apartamento ficava aberto

Em depoimento à polícia, Brunna Ysabelle Gondim Faria, de 22 anos, afirmou dividir o apartamento com a amiga de infância desde fevereiro deste ano.

Ambas nasceram em Uberaba (MG) e Dalliene chegou a São Paulo antes, em janeiro de 2022. Ela se mudou para o apartamento na zona sul paulistana nove meses depois.

De acordo com Brunna, ela nunca fez uma cópia da chave do imóvel. Por isso, costumavam deixar a única porta de acesso destrancada. Somente quando uma delas estava no apartamento essa porta era fechada.

Brunna teria sido a última pessoa a ver a vítima, quando ela retornou para casa na sexta-feira. Antes disso, Dalliene havia saído com uma colega de trabalho para um happy hour.

Arrombamento

A vítima enviou duas mensagens para a amiga, com figurinhas de WhatsApp, às 2h09 e 3h09 de sábado (1/7). Quando Brunna voltava para casa, por volta das 5h em um carro de aplicativo, mandou um vídeo para a amiga, que não respondeu.

Chegando em frente ao apartamento, ela constatou que a porta estava trancada. Brunna afirmou à polícia que “ouviu barulho da cama mexendo e um som semelhante a uma voz ou grito abafado”.

Ela tocou a campainha insistentemente, mandou mensagens para a amiga, mas não recebeu retorno. “Mesmo enquanto batia na porta, o barulho da cama continuava.”

Por fim, ela chamou a Polícia Militar e pediu apoio ao zelador do condomínio. Com a chegada dos policiais, o apartamento foi arrombado.

Dalliene já estava morta, com um travesseiro sobre o rosto, e com hematomas em ambos os punhos. Em seu quarto foram apreendidos dois celulares, um dela e outro pertencente à amiga, e drogas.

O apartamento foi periciado para que eventuais rastros deixados pelo assassino sejam encontrados. O DHPP aguarda o resultado de exames toxicológicos e sexológicos para concluir a causa da morte e se a vítima manteve de fato relações sexuais antes de ser morta.

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