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“Preconceito contra o funk”, diz defesa de empresário alvo da PF

Rodrigo Inácio, sócio da GR6, é o principal alvo de uma operação da PF nesta terça em SP, contra suposto esquema de lavagem de dinheiro

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Sala de reuniões com mesa e sofás ao fundo, na parede preta de tijolinhos está uma logomarca "GR6 Nova Era" em neon amarelo
1 de 1 Sala de reuniões com mesa e sofás ao fundo, na parede preta de tijolinhos está uma logomarca "GR6 Nova Era" em neon amarelo - Foto: Divulgação GR6

São Paulo — A defesa do empresário Rodrigo Inácio de Lima Oliveira, de 34 anos, sócio da produtora de funk GR6 Eventos e que é o principal alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (12/3), em São Paulo, contra um suposto esquema de lavagem de dinheiro, afirma que ele é vítima de “preconceito contra o funk e sua origem popular”.

“A GR6 Eventos, empresa de propriedade de Rodrigo Inácio de Oliveira, que é líder do seu segmento musical, com aproximadamente 300 artistas, mais uma vez foi vítima do preconceito contra o funk e sua origem popular. A empresa sempre pautou sua atuação pela lisura e correção e nega taxativamente qualquer ilegalidade”, afirma a nota assinada pelo advogado criminalista José Luis Oliveira Lima.

Rodrigo é investigado por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Na operação desta terça-feira, a PF mira outros empresários bilionários suspeitos de crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital, em Itu e Indaiatuba, no interior, e no Guarujá, litoral paulista. Foram apreendidos 47 carros de luxo, quatro jet skis, 20 relógios de luxo, sendo 12 Rolex, e R$ 642,3 mil.

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Suspeitos são investigados por lavagem de dinheiro
Operação da Polícia Federal (PF)
Carro apreendido
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Relógios de luxo
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Operação ocorreu em São Paulo

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Empresários de São Paulo são investigados por lavagem de dinheiro

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Relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviados à PF e obtidos com exclusividade pelo Metrópoles indicam movimentações financeiras milionárias e suspeitas nas contas das produtoras GR6 Eventos, que possuem milhões de seguidores nas redes sociais.

A produtora de Rodrigo é mencionada em uma investigação sobre suposta lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas feito pelo PCC. Segundo a PF, a empresa foi alvo de 120 comunicações de operações suspeitas, tendo movimentado R$ 9,6 milhões em dinheiro vivo, entre 2017 e 2021. Metade desse valor girou no período de pandemia, quando os eventos públicos tiveram de ser cancelados.

Luxo e ostentação

Nas redes sociais, Rodrigo ostenta uma vida de luxo. Entre os itens exibidos aos seus seguidores, estão uma mansão avaliada em R$ 7 milhões, que ele comprou em Orlando, no estado da Flórida (EUA), e uma bolsa Prada, de R$ 15 mil, que ele deu de presente de aniversário para a advogada, cantora e influenciadora digital Deolane Bezerra, em 2021.

Além da mansão e da bolsa Prada para Deolane, Rodrigo ostenta nas redes sociais viagens internacionais e de helicóptero.

Em outubro de 2021, por exemplo, ele compartilhou uma postagem feita por sua esposa, Denise Macedo de Oliveira, de 37, na qual ela escreveu: “O Uber chegou”, mostrando um helicóptero fretado pelo casal.

A aeronave buscou o casal no Fasano Boa Vista, luxuoso hotel na cidade de Porto Feliz, no interior paulista, onde a diária custa cerca de R$ 3 mil. Aproximadamente três meses depois, em janeiro de 2022, a mesma aeronave foi fotografada por Rodrigo, antes de uma viagem para Angra dos Reis, no litoral do Rio, para a gravação de um videoclipe.

Em novembro de 2021, Rodrigo e Denise foram a Lisboa, em Portugal, para comemorar o aniversário dela. No mesmo ano, entre março e abril, eles também viajaram para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“A GR6 Eventos, empresa de propriedade de Rodrigo Inácio de Oliveira, que é líder do seu segmento musical, com aproximadamente 300 artistas, mais uma vez foi vítima do preconceito contra o funk e sua origem popular.

A empresa sempre pautou sua atuação pela lisura e correção e nega taxativamente qualquer ilegalidade.

Rodrigo foi vítima de uma arbitrariedade criminosa. Seus advogados foram proibidos pelo delegado da Polícia Federal de acompanhar a busca em sua residência, caracterizando crime de abuso de autoridade que será comunicado a todas as autoridades competentes. Aliás, causa espécie que logo após o cumprimento da diligência supostamente sigilosa, a imprensa já tinha ciência da mesma.

A GR6 Eventos e Rodrigo irão tomar todas as providências para que a verdade seja restabelecida.”

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