metropoles.com

Possíveis vestígios de sangue são encontrados no antigo DOI-Codi em SP

Durante mais de dez dias, pesquisadores realizaram escavações no antigo complexo do DOI-Codi, centro de tortura da ditadura militar em SP

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Instagram
Fotografia colorida de objetos preservados em sacos plásticos com inscrições - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida de objetos preservados em sacos plásticos com inscrições - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – Possíveis vestígios de sangue, inscrições em uma parede, similares a um calendário, e cerca de 300 objetos foram encontrados durante as escavações arqueológicas no local onde operava o antigo Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), órgão subordinado ao Exército conhecido por torturar e assassinar presos da ditadura militar.

As escavações tiveram início no dia 2 de agosto e terminaram nesta segunda-feira, 14/8, em São Paulo, com o objetivo de reunir o máximo possível de informações sobre o centro de tortura.

Os possíveis indícios de sangue foram encontrados em uma sala no primeiro andar e serão analisados por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que realizam o trabalho em parceria com outros profissionais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Inscrições em paredes do DOI-Codi

Entre os objetos coletados estão um pente, um jornal, papéis de bala, uma sola de sapato e um tinteiro – os três últimos foram encontrados no mesmo lugar onde os presos pelo regime eram fichados.

Nas paredes de um dos banheiros foram encontradas inscrições de números, similares a um calendário.

“Uma pessoa provavelmente estava fazendo a contagem do tempo em que esteve aqui presa. Tem dias da semana, mês… Essas inscrições são interessantes e também temos depoimentos de pessoas que se lembram da inscrição, complementando a história”, disse a arqueóloga Claudia Plens, professora da Unifesp, em entrevista ao site da Unicamp.

O conjunto de cinco prédios, que tem entradas pelas ruas Tutóia e Tomás Carvalhal, no Paraíso, zona sul da capital paulista, abrigou a sede do centro de tortura da ditadura durante 14 anos. Pesquisadores estimam que mais de 7 mil pessoas tenham sido torturadas no local. Desde 2014, os edifícios são tombados.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?