metropoles.com

Porteiro que foi sequestrado por dívida do filho é encontrado morto

Porteiro Virgílio José da Silva, 63 anos, havia sido vítima de sequestro por suposta dívida do filho; corpo foi reconhecido no fim de semana

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/TV Bandeirantes
Imagem colorida de porteiro que foi vítima de sequestro. Na foto, ele está de camisa salmão ao lado de uma criança, que teve o rosto borrado - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de porteiro que foi vítima de sequestro. Na foto, ele está de camisa salmão ao lado de uma criança, que teve o rosto borrado - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Bandeirantes

São Paulo – A polícia paulista encontrou o corpo do porteiro Virgílio José da Silva, de 63 anos, que havia sido sequestrado na zona norte da capital paulista, na noite da quarta-feira (31/1). Dois suspeitos do crime estão presos e podem responder por homicídio.

O cadáver do porteiro, abandonado pelos criminosos, foi achado no dia seguinte ao sequestro. Só no fim de semana, no entanto, que familiares de Virgílio fizeram o reconhecimento no Instituto Médico Legal (IML) e confirmaram que o corpo pertencia a ele.

A principal linha de investigação é que o porteiro tenha sido arrebatado por causa de uma dívida de R$ 88 mil do filho. À polícia, a esposa da vítima relatou que, por volta das 22h45 da noite do crime, o casal estava em casa e ouviu a campainha tocar. Do lado de fora do portão, estavam dois falsos entregadores.

Como estava de pijama, a mulher pediu para o marido atender o portão e receber a encomenda, endereçada para o filho de Virgílio. Ao abrir o portão, a vítima acabou rendida. “Rapaz, eu tenho uma filha para criar”, teria dito na hora.

Sequestro

A mulher correu para o portão e disse ter visto o marido ser colocado à força dentro de um Volkswagen Gol, de cor branca, com insulfilme nos vidros. O carro arrancou em seguida.

Pelas imagens de câmeras de segurança, os investigadores viram que dois criminosos tinham desembarcado do carro e usaram um objeto para render Virgílio.

“Antes de saírem, é possível observar que no interior do veículo ocorrem ‘clarões’, aparentando até mesmo ser disparo de arma de fogo. Contudo, um dos algozes passou ao lado com muita tranquilidade, o que demonstrou que pudesse ser luzes de arma de choque”, diz o registro, obtido pelo Metrópoles.

Os policiais também colheram depoimentos de familiares do porteiro e descobriram que um dos seus três filhos, Paulo Henrique Mendes, de 35 anos, teria feito uma viagem de urgência no dia do sequestro.

Suposta dívida

Aos investigadores, o filho inicialmente alegou que teria viajado para o Rio Grande do Sul e depois para o Paraguai porque “teria contraído empréstimo com agiotas e eles teriam sequestrado seu pai”.

Em novo depoimento, no entanto, Paulo mudou a versão. Ele relatou que furtou R$ 88 mil de uma tabacaria no centro da capital paulista, mas foi descoberto.

Pessoas ligadas ao estabelecimento teriam sequestrado seu pai e dito que só o soltaria com o pagamento da dívida.

Após o sequestro, Paulo teria feito dois depósitos de R$ 44 mil para uma conta bancária.

Presos

Na investigação, a polícia descobriu que a conta pertencia à dona da tabacaria, identificada como Arlete Ribeiro Gomes de Souza Melo, de 56 anos.

Já o comprovante de pagamento foi encaminhado por Paulo para um número de celular que pertencia a Kleber Kretli Lima, 38. Ele é genro de Arlete. Aos investigadores, Paulo também mostrou mensagens que trocou com aquele contato.

“Seu pai tá bem, só paga o resto”, diz um trecho da conversa atribuída a Kleber. “Aqui é o crime”.

Na sexta-feira (2/2), a Polícia Civil foi até a casa da empresária e conseguiu prender ela e o genro em flagrante. O Metrópoles não localizou a defesa dos suspeitos. O espaço segue aberto.

Versão dos suspeitos

Aos policiais, Arlete admitiu que chegou a ter conversas sobre sequestrar Paulo ou um familiar dele para forçá-lo a pagar a dívida, mas que não saberia “esclarecer quem teria arrebatado a vítima”.

Já Kleber afirmou que “não sabia do sequestro” e que Paulo teria devolvido o valor a Arlete por arrependimento.

A Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos suspeitos. O pedido foi aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que os manteve na cadeia.

O caso é investigado pela 4º Delegacia Seccional Norte.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?