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Porsche que causou acidente com morte trafegava a 156 km/h, diz laudo

Laudo do IC aponta que empresário estava em altíssima velocidade quando bateu em carro de aplicativo; velocidade máxima era de 50 km/h

atualizado

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Foto colorida de Porsche azul escuro com a dianteira destruída - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Porsche azul escuro com a dianteira destruída - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Civil

São Paulo — Laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo indica que o Porsche conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, trafegava a uma velocidade média de 156 km/h quando atingiu a traseira do Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52. O acidente, ocorrido no dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste, resultou na morte de Ornaldo.

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente
Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024
Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido
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Motorista do Porsche esteve na unidade policial para prestar depoimento

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente

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Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024

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Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido

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Dianteira de carro de luxo ficou completamente destruída

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Asfalto ficou com marcas de pneus após acidente, ocorrido em alta velocidade

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Carro da vítima teve a traseira destruída

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Motorista do Renault Sandero morreu durante atendimento hospitalar

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O resultado do laudo, divulgado pela TV Globo, foi confirmado pelo Metrópoles. Na ocasião do acidente, Fernando Filho admitiu que estava “um pouco acima” da velocidade permitida para a via, que é de 50 km/h.

O acidente

Segundo testemunhas, Fernando Filho dirigia o Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, em altíssima velocidade quando bateu na traseira do Renault Sandero do motorista de aplicativo. Ornaldo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Além do motorista de aplicativo que morreu, o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava de carona no Porsche, sofreu ferimentos graves e precisou passar por cirurgia. À polícia, ele disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do dono do Porsche.

No dia do acidente, o empresário deixou o local com a ajuda da mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, de 45 anos, e só se apresentou na delegacia mais de 36 horas depois.

Imagens das câmeras

Nessa segunda-feira (22/4), a Polícia Militar entregou à Polícia Civil as imagens captadas pelas câmeras corporais dos PMs que atenderam a ocorrência. As imagens devem ajudar a equipe de investigação a entender as circunstâncias em que Fernando Filho deixou o local do acidente.

Os policiais deixaram de fazer o teste de bafômetro no empresário e não o autuaram em flagrante. Mesmo com uma morte registrada, os agentes só apresentaram a ocorrência na delegacia cerca de 5 horas após o acidente.

conduta dos PMs que liberaram a saída de Fernando é investigada pela corporação. A Polícia Civil também investiga a situação, a pedido da Justiça.

A entrega das imagens das câmeras corporais acontece dias depois de a Polícia Civil ter ido à Justiça solicitar formalmente as imagens. Ainda assim, o Metrópoles apurou que a PM se antecipou à decisão judicial e entregou os vídeos por via administrativa.

Prisão negada

A Justiça negou dois pedidos de prisão contra o empresário, mas impôs fiança de R$ 500 mil e suspendeu sua CNH. Ele e a mãe também tiveram que entregar seus celulares à polícia. A quebra do sigilo de dados foi autorizada.

A defesa de Fernando Filho informou, nesta terça-feira (23/4), que não vai se manifestar a respeito do resultado do laudo.

Na ocasião do acidente, a defesa disse que entrou em contato com a família da vítima para prestar solidariedade e toda a “assistência necessária”. “Obviamente, a perda não será reparada, mas minimamente prestaremos amparo necessário neste momento de tal fatalidade”, diz nota dos advogados.

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