Por segurança, MPSP pede adiamento do jogo Corinthians x Palmeiras
Para o MPSP, existe a possibilidade de confronto com torcedores do São Paulo, que também joga neste domingo (3/9)
atualizado
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu nesta quinta-feira (31/8) o adiamento do clássico entre Corinthians e Palmeiras, previsto para ser realizado neste domingo (3/9), às 16h, na Neo Química Arena, em Itaquera, zona leste da capital paulista.
O órgão demonstra preocupação pelo fato de outra partida válida pela 22º rodada do Campeonato Brasileiro ser disputada no mesmo dia na cidade, entre São Paulo e Coritiba, no Morumbi, às 20h30.
“É gerada uma grande comoção entre os torcedores e é sabido que eles se encontram em locais próximos ao estádio, como bares, lanchonetes, além de sedes de torcidas organizadas e no centro de treinamento para assistirem ao jogo. As linhas de metrô e trem que que levam para os estádios Neo Química Arena e Cícero Pompeu de Toledo se interligam, facilitando confrontos entre os torcedores mal intencionados, podendo gerar a prática de atos violentos e de depredação, além de medo aos usuários do transporte público, conforme já ocorrido diversas vezes ao longo dos anos anteriores”, diz um trecho do texto.
O MPSP lembra ainda que outros dois grandes eventos serão realizados no mesmo dia. O festival de música The Town, no Autódromo de Interlagos, que tem previsão de receber cerca de 100 mil pessoas, e a decisão da Copa Pioneer, campeonato amador de várzea, que será disputada no Allianz Parque a partir das 14h. A expectativa de público para este jogo é de 40 mil pessoas.
O Ministério Público lembrou que a Polícia Militar já pediu a alteração da data da final da Copa Pioneer e reforçou o pedido para uma nova mudança de data. Antes, a partida estava prevista para ocorrer no dia 27 de agosto, mas mudou para 3 de setembro por solicitação do Palmeiras.
“O direito à vida e à integridade física deve se sobrepor a todo e qualquer direito contratual, uma vez que sem eles, não existirá sequer direito contratual a ser preservado. Devem ser respeitados os direitos tanto dos torcedores quanto dos cidadãos que se encontram em deslocamento com transporte público ou que moram no entorno dos estádios, centros de treinamento e locais de eventos em geral”, finaliza.
A Federação Paulista de Futebol (FPF) e a CBF ainda não se pronunciaram sobre o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.
