Por recorrente falta de luz em SP, TCM quer reavaliar contrato da Enel
Criação de grupo de estudos pretende avaliar prejuízos aos consumidores na prestação do serviço previsto em contrato da Enel com prefeitura
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — O Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo pretende criar um grupo de estudos para avaliar a recorrente falta de energia e a demora no restabelecimento do serviço fornecido pela concessionária Enel. A proposta foi apresentada na sessão do órgão manhã desta quarta-feira (20/3).
O presidente do TCM Eduardo Tuma disse que o tema “tem chamado a atenção” do tribunal.
O objetivo do grupo de estudos será avaliar prejuízos aos consumidores na prestação do serviço previsto em contrato.
A regulação da Enel é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Tuma, no entanto, afirmou que como “é um contrato [da Enel] com a cidade de São Paulo, então existe nesse sentido um envolvimento do ente. Então, a circunscrição, a jurisdição, é também municipal e o Tribunal de Contas tem que atuar nesse sentido”.
A Secretaria de Controle Externo do TCM designará agora auditores para participar do corpo técnico, assim como assessores dos gabinetes para conduzir o grupo de estudos.
Três dias sem luz
A reportagem do Metrópoles mostrou que parte dos moradores do centro de São Paulo entrou nesta quarta-feira (20/3) no terceiro dia de apagão. Pelo menos três ruas da Vila Buarque registraram oscilações e estão sendo atendidas por geradores emergenciais, instalados temporariamente pela Enel.
Apesar de admitir que forneceu os geradores em caráter emergencial, a concessionária Enel informou que a situação foi totalmente normalizada na noite de terça-feira.
“A companhia segue trabalhando no local para atender alguns clientes que tiveram o fornecimento impactado ao longo do dia de ontem (terça) durante os trabalhos para reparo e reconfiguração da rede elétrica subterrânea que atende a região”, diz a nota enviada ao Metrópoles.
Em novembro do ano passado, um apagão afetou cerca de 2,1 milhões de pessoas no estado. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) calculou, na época, o prejuízo de R$ 126 milhões para o setor,