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Por que Nunes vai desapropriar 10% do território de SP

Ricardo Nunes vai publicar nesta quinta-feira, aniversário da capital paulista, um decreto que vai desapropriar 10% do território da cidade

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Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de cabelo e barba pretos, em imagem do peito para cima, falando ao microfone na frente de um banner da Prefeitura - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de cabelo e barba pretos, em imagem do peito para cima, falando ao microfone na frente de um banner da Prefeitura - Metrópoles - Foto: Prefeitura de São Paulo

São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) vai assinar, nesta quinta-feira (25/1), um decreto que vai desapropriar 17 áreas que, somadas, têm uma área de 150 quilômetros quadrados, o equivalente a 10% de todo o território da cidade.

Essas áreas estão concentradas na zona sul de São Paulo, às margens da Represas Billings e Guarapiranga. Mas há também três áreas na zona norte e duas na zona leste da capital.

A proposta é dar um “presente” à cidade, que completa nesta quinta 470 anos. Todos esses locais serão transformados em parques ou unidades de conservação ambiental permanente.

Os terrenos escolhidos pela Prefeitura de São Paulo já são atualmente áreas verdes, que estão em diferentes graus de preservação (parte é composta por mata nativa, parte contém áreas replantadas).

Alguns dos terrenos têm, ainda, nascentes de córregos que fazem parte da bacia do Rio Tietê. As discussões para a criação de áreas de preservação em alguns destes terrenos têm quase 15 anos. Conheça aqui um mapa com as 17 áreas desapropriadas.

Uma das promessas antigas refere-se às desapropriações necessárias para a implantação do Parque Linear Nascentes do Córrego Ponte Rasa, que fica na área da subprefeitura da Penha, zona leste. O local abriga hoje um pesqueiro comunitário, em uma área de vegetação degradada e com um campinho de futebol.

 

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Nunes posa para foto com cozinheira
Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura
Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite
Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde
Nunes durante visita à represa Billings
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Nunes dá a mão a funcionária pública no centro

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Nunes posa para foto com cozinheira

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Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde

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Nunes durante visita à represa Billings

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Nunes olha para planta de obra pública

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Outras áreas passaram a ser cogitadas como locais de preservação mais recentemente, como a que abrigará o futuro Parque Cratera da Colônia, em Parelheiros, na zona sul.

O local fica ao redor do bairro Vargem Grande, localidade do extremo sul da capital, distante cerca de duas horas de carro do centro, que surgiu em um vale criado por uma cratera de meteoro que alterou o relevo da região.

Segundo parecer técnico da Prefeitura, obtido pelo Metrópoles, após a construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas, a pressão habitacional na região cresceu muito e loteamentos clandestinos passaram a surgir em áreas de mata. Daí a necessidade de preservação do local.

Medidas de proteção ambiental

Ao todo, 33% dos cerca de 1.500 quilômetros quadrados da capital paulista já são compostos por vegetação nativa, áreas remanescentes do bioma da Mata Atlântica. A Prefeitura estima que deve gastar cerca de R$ 400 milhões com as desapropriações desses terrenos.

A ação de proteção ambiental faz parte de uma cesta de medidas da área que Nunes quer levar à campanha eleitoral deste ano, quando disputará a reeleição.

Além do aumento das áreas verdes protegidas, o prefeito irá falar de um programa de eletrificação da frota de ônibus que está em curso (com previsão de que 600 coletivos estejam em operação até o fim do ano) e de ações para coibir o surgimento de loteamentos clandestinos na mata ao redor das represas.

 

 

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