Pontes aponta “problema” de Zanin no STF, mas diz estar aberto a diálogo
Senador Marcos Pontes disse que pretende conversar com Cristiano Zanin, indicado ao STF por Lula, antes que ele seja sabatinado pelo Senado
atualizado
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São Paulo – O senador Marcos Pontes (PL-SP) disse nesta sexta-feira (2/6) que o fato de Cristiano Zanin ter atuado como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato “é um problema” em sua indicação para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda assim, afirmou estar aberto a conversar com o advogado.
Em conversa com jornalistas após solenidade de formatura de oficiais da Polícia Militar em São Paulo, Pontes afirmou que o passado de Zanin será um fator importante em sua sabatina no Senado.
“O fato de ele ter advogado para o Lula é um problema, sem dúvida. Tudo isso vai ser avaliado. Não é um senador só que vai falar, é um conjunto. Mas certamente isso vai passar pela cabeça de todos nós”, afirmou Pontes.
Apesar disso, o senador disse que está aberto ao diálogo com Zanin e pretende conversar com ele.
“Nunca encontrei com ele, nunca conversei com ele. A gente precisa se encontrar. Sem dúvida nenhuma estou aberto a recebê-lo. Estou sempre aberto a conversar.”
A indicação de Zanin, contudo, levou Pontes a defender que o sistema de escolha para ministros do STF seja “mais criterioso”.
“Se você me perguntar se eu gosto da maneira como é escolhido, eu não gosto. Já falei várias vezes. O sistema de escolha de um juiz do Supremo tem que ser feito com mais critério. Deveria ser feito algo semelhante ao que é feito no Ministério Público, em que tem os pares também participando” disse.
Prefeitura de São Paulo
Questionado sobre uma eventual candidatura à Prefeitura de São Paulo, o senador Marcos Pontes disse que é cedo para discutir a possibilidade.
“Eu tenho acompanhado e fico muito honrado com a lembrança de aliados. Afinal de contas, como eu falei, tive uma votação bastante expressiva aqui no estado e na cidade de São Paulo também”, afirmou Pontes.
“O que eu vejo em relação a isso é que é muito cedo ainda para a gente discutir. Tem tempo ainda. Vamos avaliar. Vamos pensar ainda com o tempo”, completou.
