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Vídeo: poluição mata toneladas de peixes no minipantanal paulista

Poluição deixou milhares de peixes mortos em área de proteção do Rio Piracicaba. Usina acusada pela Cetesb nega responsabilidade

atualizado

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Reprodução/ @LuizCarvalho21 pelo X
Peixes mortos no Rio Piracicaba
1 de 1 Peixes mortos no Rio Piracicaba - Foto: <p>Reprodução/ @LuizCarvalho21<br /> pelo X</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

São Paulo — O Rio Piracicaba, um dos principais do interior de São Paulo, amanheceu novamente tomado por peixes mortos nessa segunda-feira (15/7). Dessa vez, a mortandade foi na região do Tanquã, área de proteção ambiental conhecida como minipantanal paulista, próxima à cidade de Piracicaba (veja vídeo abaixo).

Esta é a segunda vez que o rio é tomado por peixes mortos em menos de dez dias. No dia 7 de julho, milhares de peixes morreram durante uma queda brusca no oxigênio da água.

Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a causa da morte dos animais foi o despejo irregular de resíduos industriais conduzido pela Usina São José S/A Açúcar e Álcool.

Após a primeira morte, técnicos da Agência Ambiental de Piracicaba constataram uma mancha de efluentes contaminados saindo da empresa em direção ao Ribeirão Tijuco Preto, que deságua no Rio Piracicaba.

Na segunda-feira, foram conduzidos testes de oxigenação no Córrego da Pinga, localizado na área de proteção ambiental do Tanquã, que confirmaram que a contaminação também atingiu a região.

Até a manhã deste quarta-feira (17/7), a região do Tanquã continuava tomada por toneladas de peixes mortos. Em nota, a Prefeitura de Piracicaba informou que os animais devem ser retirados nos próximos dias por meio da contratação de uma empresa terceirizada.

Na primeira onda de mortes, a prefeitura precisou realizar um mutirão para a coleta de 2,97 toneladas de peixes mortos do rio.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi acionado para investigar a poluição do rio Piracicaba por meio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema).

Segundo informações do portal G1, a Usina São José S/A Açúcar e Álcool admitiu, em nota ao MPSP, a responsabilidade no vazamento de resíduos industriais no rio, mas negou que isso seria suficiente para causar a morte dos animais.

A indústria ainda teria atribuído essa responsabilidade à má qualidade do tratamento do esgoto da Prefeitura de Rio das Pedras, onde a usina fica.

Em nota, a Cetesb afirmou que está aguardando as conclusões das análises laboratoriais das amostras recolhidas no Rio Piracicaba para embasar o processo administrativo que definirá a penalidade a ser aplicada à Usina São José.

A companhia deve anunciar a punição atribuída à usina até esta sexta-feira (19/7) e o valor da multa pode variar de R$ 500 e R$ 50 milhões. A Cetesb também pretende realizar um sobrevoo de drones no Tanquâ nesta quarta-feira para averiguar a quantidade de peixes atingidos.

A Usina São José de Rio das Pedras pertence ao Grupo Farias, um dos principais grupos de produção de bioenergia, etanol e açúcar no Brasil. A usina havia sido desativada em 2020, voltou a funcionar no início deste ano e tem a capacidade de moer 1,2 milhão de toneladas de cana de açúcar.

O Metrópoles tentou, sem sucesso, localizar os responsáveis pelo Grupo Farias para obter esclarecimento sobre a contaminação. O espaço segue aberto para manifestação.

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