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Votação de aumento de salário vira prioridade para aliados de Tarcísio

Deputados estaduais paulistas querem votar aumento de salários para servidores antes de discutir mudança no orçamento propostas por Tarcísio

atualizado

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Divulgação/ Governo de São Paulo
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1 de 1 tarcisio - Foto: Divulgação/ Governo de São Paulo

São Paulo – Após uma reunião entre a equipe de transição do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o relator do Orçamento paulista para 2023, Gilmaci Santos (Republicanos), a votação do projeto que prevê aumento de 50% nos salários do governador, do vice e dos secretários, elevando o teto salarial do funcionalismo no estado, ganhou força e deve ser uma das prioridades da Assembleia Legislativa (Alesp) na semana que vem.

A jornalistas, Gilmaci disse que apenas alguns deputados de partidos de oposição, como o PSol, são contrários à aprovação do texto, porque consideram que há categorias que deveriam ter aumento antes do reajuste dos salários pelo teto, beneficiando a elite do funcionalismo. O relator pretende votar esse projeto antes de qualquer manobra do governo eleito para alterar a proposta do Orçamento para o ano que vem, intenção já anunciada por Tarcísio.

Limite de gastos

Segundo a legislação vigente, nenhum servidor pode receber salário maior do que o do governador do Estado, que hoje é de R$ 23 mil. Por isso, servidores que teriam chance de receber vencimentos maiores com o acúmulo de gratificações, ficam sem essa receita por causa da regra que estabelece o teto. A discussão no momento é para subir o salário do governador para R$ 34,5 mil – beneficiando a elite do funcionalismo, como auditores fiscais e delegados de polícia, além do próprio governador eleito.

Há uma janela no orçamento de São Paulo que permite essa mudança. Atualmente, o Estado gasta cerca de 40% de suas despesas com o funcionalismo. A Lei de Responsabilidade Fiscal permite que até 46,9% sejam gastos com pessoal sem acionar nenhum tipo de restrição, o chamado “limite prudencial”. O projeto tem apoio das bancadas de MDB, PL, PP, e Republicanos. O PT apoiou a proposta inicialmente, mas agora estuda obstruir a votação alegando quebra de acordo político.

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