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França desiste de ação contra Doria por “calúnia” sobre vídeo da orgia

Atual ministro dos Portos, Márcio França desistiu de processar João Doria por calúnia, após ser acusado de divulgar vídeo da orgia em 2018

atualizado

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João Doria
1 de 1 João Doria - Foto: Reprodução/Youtube

São Paulo – Acusado por João Doria de divulgar o famoso vídeo da orgia sexual associado a ele durante a campanha eleitoral de 2018, o atual ministro dos Portos, Márcio França (PSB), desistiu de mover uma queixa-crime por calúnia contra o ex-governador e ex-tucano.

Em 2021, França acionou a Justiça de São Paulo para cobrar explicações de Doria sobre acusações que o então governador paulista fez contra ele durante uma entrevista ao podcast Inteligência Ltda, em julho daquele ano.

Na ocasião, Doria foi perguntado sobre o vídeo no qual ele supostamente aparece como protagonista de uma orgia sexual com cinco mulheres. O vídeo viralizou nas redes sociais às vésperas do segundo turno da disputa entre Doria e França pelo governo paulista, em 2018.

Doria sempre disse que era uma montagem e na entrevista ao podcast foi além, afirmando que França estava por trás da divulgação do vídeo. “Aquilo foi um fake, foi um absurdo… E foi o tal do Márcio Cuba, esse o Márcio França. Esse é um desqualificado completo”, afirmou Doria.

Na notificação judicial, França pedia para que Doria respondesse no prazo de 48 horas a sete perguntas, incluindo em quais provas sustentava a afirmação sobre a autoria da divulgação do vídeo. Caso não houvesse explicações, moveria uma queixa-crime por calúnia, “com o fim de resguardar sua honra”.

Doria nunca respondeu aos questionamentos de França, de quem era aliado antes de se tornarem adversários na eleição de 2018. A defesa de França, que também foi governador do estado entre abril e dezembro de 2018, chegou a pagar para que um oficial de Justiça fizesse a intimação formal de Doria sobre a notificação.

Em abril do ano passado, os advogados de Doria se manifestaram pela primeira vez no processo dizendo que França já havia perdido o prazo legal de seis meses para entrar com a queixa-crime contra o ex-tucano.

Na semana passada, a juíza Fernanda Helena Benevides Dias, da 21ª Vara Criminal, solicitou um levantamento no sistema do tribunal para saber se Márcio França havia entrado com a queixa contra Doria dentro do prazo.

Ao Metrópoles, a defesa de França disse que não processou Doria por opção do atual ministro do governo Lula. Por isso, o caso será arquivado. Procurado por meio de sua assessoria, França não respondeu porque desistiu da ação contra Doria até o fechamento desta reportagem.

Inquérito na PF

A pedido de Doria, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito em 2019 para investigar a autoria da produção e divulgação do vídeo. O ex-governador classificou o episódio como “maior crime eleitoral já realizado” contra um candidato no país.

No ano passado, quase quatro anos depois, um laudo pericial da PF concluiu que não havia sinais de adulteração nas imagens, mas também não conseguiu identificar as mulheres que aparecem na gravação. Após a conclusão do laudo, o inquérito foi arquivado.

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