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“Tenho que governar para todos”, afirma Tarcísio após encontrar Lula

Após receber críticas por encontro, Tarcísio disse que base bolsonarista que o elegeu precisa entender necessidade de boa relação com Lula

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Ricardo Stuckert
Fotografia colorida de Lula e Tarcísio apertando as mãos - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida de Lula e Tarcísio apertando as mãos - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse entender as críticas que recebeu de eleitores bolsonaristas após se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília, mas afirmou que precisa manter uma relação “republicana” com o chefe do Executivo.

“Eu fui eleito por uma base bolsonarista, mas agora eu tenho que governar para todos, então é natural que eu converse com o presidente da República”, disse ele na manhã desta quinta-feira (12/1) durante visita a Araçatuba.

Lula foi principal adversário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político de Tarcísio, durante as eleições.

O petista e o governador se encontraram em duas oportunidades nesta semana. A primeira ocorreu na segunda-feira (8/1) em reunião de Lula com todos os governadores sobre os atos golpistas.

Já no segundo encontro, nesta quarta (11/1), Tarcísio e o petista posaram juntos para uma foto e discutiram, entre outros assuntos, a privatização do Porto de Santos.

“A partir do momento que você é eleito, você governa para todos. Para os que votaram em você e para os que não votaram em você”, disse o governador.

“Eu entendo uma certa ansiedade por parte do nosso eleitorado, mas os resultados saindo lá na frente, eles vão perceber que a gente tá fazendo a coisa certa”, afirmou Tarcísio. “Tem muitas políticas públicas que vão ser mais efetivas se a gente tiver o apoio do governo federal”, acrescentou, lembrando que o Porto de Santos é um porto federal.

Ligação seca

Na quarta, Tarcísio apresentou como parte do projeto de concessão a construção de um túnel submerso ligando as cidades de Santos e Guarujá.

A ligação “seca”, como é chamada, é estudada há quase um século e havia sido prometida pelo atual ex-presidente Geraldo Alckmin (PSB) durante seu terceiro mandato como governador de São Paulo (2011-2014).

Quando foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, Tarcísio elaborou um projeto de concessão para o Porto de Santos que incluía a construção do túnel. O custo era estimado em R$ 2,9 bilhões.

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o plano e Tarcísio não conseguiu tocar o projeto antes de deixar o governo federal.

Segundo apuração do Metrópoles, Lula deixou a reunião disposto a avaliar a privatização do porto federal.

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