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Tarifa de ônibus continuará congelada em São Paulo em 2023, diz Nunes

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes afirma que o preço da passagem de ônibus em São Paulo continuará congelada em R$ 4,40 no ano que vem

atualizado

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Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes
1 de 1 Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que a tarifa de ônibus na cidade ficará congelada em R$ 4,40 no ano que vem. É o terceiro ano que o preço da passagem do transporte coletivo municipal não terá aumento.

A medida ocorre em meio a discussões tocada por Nunes para a implementação da tarifa zero na cidade – uma política que prevê que os ônibus municipais sejam gratuitos, com todos os custos de operação bancado pela Prefeitura.

Nunes defendeu que a manutenção da tarifa congelada tem, entre outros fatores, o objetivo de atrair mais passageiros para o sistema. Em 2019, antes da pandemia de covid-19, o transporte coletivo da cidade era usado por cerca de 9 milhões de paulistanos. Atualmente, segundo o prefeito, são 7,1 milhões de pessoas.

A decisão de Nunes atende também pedido feito pelo governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já havia decidido não reajustar o valor da passagem de ônibus intermunicipais, trens e do Metrô em 2023, cumprindo promessa de campanha. Os dois gestores tiveram uma conversa sobre o assunto há duas semanas.

Subsídios

Ao anunciar o congelamento da tarifa, o prefeito evitou falar em aumento ao subsídio que as empresas de ônibus que operam na cidade recebem da Prefeitura, que neste ano já superou os R$ 5 bilhões. O orçamento de 2023 aprovado pela Câmara Municipal prevê que esse valor chegue a R$ 6 bilhões no ano que vem.

“(O aumento no subsídio) Vai depender de muitos fatores. Se vai ter aumento de diesel ou não, a questão do dissídio dos funcionários (das empresas de ônibus) e a questão do número de passageiros”, afirmou Nunes, reforçando sua esperança de que o congelamento da tarifa possa resultar no ingresso de mais pessoas no sistema.

A lógica de Nunes, segundo ele mesmo explicou, é que com mais pessoas pagando passagem, menos subsídio é necessário. Atualmente, o custo para manter a frota de pouco mais de 13 mil ônibus rodando na cidade é de cerca de R$ 10 bilhões por ano. Metade desse valor é pago diretamente pelos passageiros. A outra metade é paga pela Prefeitura.

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