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Tarcísio nomeia aliada de Damares que é contra aborto em casos de estupro

Terezinha Ramos Neves, que ocupou diversos cargos no ministério de Damares Alves, vai cuidar de Políticas para Mulheres no governo Tarcísio

atualizado

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Terezinha e Damares
1 de 1 Terezinha e Damares - Foto: null

São Paulo – O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) nomeou nesta sexta-feira (20/1) uma aliada da ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves (Republicanos) para um cargo na recém-criada Secretaria de Políticas para a Mulher, pasta chefiada pela bolsonarista Sonaira Fernandes.

Teresinha de Almeida Ramos Neves foi assessora especial do extinto Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que era comandado por Damares, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ela será secretária executiva da pasta similar criada por Tarcísio em São Paulo.

A nova secretária executiva já se manifestou publicamente contra a realização de aborto mesmo em casos de estupro – um dos casos em que o procedimento médico é permitido por lei no Brasil.

A nomeação, feita no Diário Oficial do Estado desta sexta, é assinada pelo vice-governador, Felício Ramuth (PSD), uma vez que o governador está em viagem internacional, a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial.

Teresinha mantinha um blog pessoal que, em março de 2012, publicou uma postagem abordando o tema:

“Imaginem se todos que, a princípio, não têm condições financeiras para criar seus filhos optassem por matá-los, como se fazia antigamente… Ainda que o feto seja especial, resultado de estupro, a vida sobrepõe!”, postou a nova  secretária executiva, na época.

Além de assessora especial de Damares, Terezinha foi também diretora de Coordenadora Geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade e Diretora de Promoção da Dignidade da Mulher no ministério durante o governo Bolsonaro. Em 2012, ela foi candidata a vereadora na capital paulista pelo PSC.

Ela é formada em Ciências Jurídicas pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), com duas especializações na mesma área pela Escola Paulista de Direito (EPD).

Segundo o Palácio dos Bandeirantes informou em nota, a contratação da nova secretária executiva é “uma nomeação técnica assim como todas as demais realizadas pela pasta”. “A nova secretaria foi instituída pela atual gestão para, de acordo com a legislação vigente, fortalecer e ampliar as políticas públicas em prol das mulheres”, informa o texto.

Nesta semana, a secretária Sonaira também fez um comentário público relacionado a aborto. Ela criticou a decisão do Brasil de sair do Consenso de Genebra, uma aliança internacional que atua contra o aborto e a favor do papel da família na sociedade.

Durante o governo Bolsonaro, o Ministério da Saúde editou uma portaria determinando que hospitais tivessem de notificar a polícia em caso de mulheres vítimas de estupro que precisassem realizar o procedimento médico do aborto. Na última segunda-feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, revogou a portaria..

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