Tarcísio nega divergência sobre câmeras e diz que não vai alterar nada
Tarcísio negou “desalinhamento” com Derrite após Ministério dos Direitos Humanos criticar fala do secretário sobre rever questão das câmeras
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou “desalinhamento” com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL-SP), a respeito da revisão das câmeras nas fardas dos policiais militares do estado.
“Não existe desalinhamento nenhum. A gente está falando a mesma coisa”, disse ele na tarde desta quinta-feira (5/1), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, horas após o Ministério dos Direitos Humanos criticar uma declaração dada por Derrite de que pretende rever o programa.
Tarcísio alegou não ter lido a nota do ministério e justificou a fala do secretário afirmando que todas as políticas públicas serão reavaliadas: “Falar que vai rever, é porque vamos rever tudo.”
“Vou rever todas as políticas públicas que estão em andamento dentro de uma lógica de eficiência. Eventuais ajustes, alterações, propostas serão feitas ao longo do tempo, em cima do que aludem os números, os dados”, disse o governador.
Em entrevista a uma rádio nesta quarta (4/1), Derrite disse ter encomendado um estudo sobre a efetividade do Olho Vivo, nome dado ao programa de instalação nas câmeras das fardas. Nesta quinta, o Ministério dos Direitos Humanos disse ter recebido “com preocupação” a declaração do secretário paulista.
Recuo na retirada das câmeras
Uma das promessas de campanha de Tarcísio foi a retirada das câmeras dos uniformes dos policiais. Ainda durante a eleição, em meio à divulgação de dados que indicam queda na letalidade dos batalhões nos quais os agentes utilizavam as câmeras, Tarcísio recuou da proposta e disse que deixará o programa “fluir”.
“Não vamos alterar nada. Para quem está esperando que a gente mexa nesse programa, agora não vamos alterar nada. Ao longo do tempo, vamos observar e reavaliar como qualquer outra política”, declarou.