Tarcísio defende ViaMobilidade, alvo do MPSP por falhas nos trens
Governador Tarcísio diz que plano de investimentos da ViaMobilidade é capaz de corrigir falhas e melhorar serviços em meio a ameaças do MPSP
atualizado
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São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deu apoio público, na manhã desta terça-feira (28/2) à ViaMobilidade, empresa do Grupo CCR que administra as Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, em meio a pressões que a companhia vem sofrendo pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por causa da série de falhas na operação das duas linhas de trem que tem prejudicado os passageiros.
Diante da promessa da empresa de um investimento extra de R$ 600 milhões nas duas linhas, além de um total de R$ 3,6 bilhões já previstos ao longo de 30 anos no contrato de concessão que a empresa tem com o governo de São Paulo, Tarcísio disse “acredita” que tais recursos vão pôr fim aos problemas.
“O caminho para melhorar a prestação do serviço não é devolver a concessão para a CPTM, a não ser que nada disso (os investimentos) se materialize. Mas, se o que está sendo planejado for executado, o que a gente vai ver progressivamente é sim uma melhoria da qualidade da prestação do serviço”, afirmou o governador.
Tarcísio estava em um pátio da ViaMobilidade no Jaçanã, zona norte da capital paulista, em um evento organizado pela empresa para marcar a chegada do primeiro trem – de um total de 36 – que a companhia comprou da Alstom, fabricante francesa de material rodante que já se envolveu a uma série de escândalos no setor.
As composições, com ar condicionado, vagão único e baixo consumo de energia, estão sendo construídas em Taubaté, interior do Estado e Tarcísio ressaltou que a produção está gerando 700 empregos na região.
A opção de defender a ViaMobilidade se deu após uma série de reuniões que o governador teve com a direção da empresa em janeiro e fevereiro, em que foram detalhados investimentos na rede aérea de energia, na troca de trilhos e dormentes e subestações de energia.
Tais investimentos são uma resposta da empresa à Promotoria do Patrimônio Público e Social do MPSP, que tem um procedimento aberto para investigar as falhas ocorridas na rede (já houve três descarrilamentos, sem mortes). O promotor de Justiça Silvio Marques analisa o plano, mas já anunciou que prepara uma ação na Justiça para pedir a suspensão do contrato de concessão devido às falhas.