Tarcísio diz que aumento de seu salário vai “corrigir distorções”
Governador eleito, Tarcísio de Freitas diz que SP tinha teto “lá embaixo” e que medida trará “alivio” a servidores que não tiveram aumento
atualizado
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São Paulo – O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou pela primeira vez, nesta quinta-feira (1/12), sobre o aumento de 50% no seu próprio salário, aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na última terça-feira (29/11).
Tarcísio disse que o reajuste servirá para “aliviar o teto” do funcionalismo paulista, representado pelo salário do governador, e que esse alívio era “fundamental para corrigir distorções” entre os servidores que atingiam o teto salarial e estavam sem reajuste desde 2019, e os demais funcionários públicos.
A relação com o teto salarial é que, por lei, nenhum servidor público paulista pode receber um salário maior do que o do governador. Desta forma, funcionários que poderiam ter direito a vencimentos maiores tem o valor excedente descontado da folha da pagamento.
“Esse alívio no teto era fundamental para corrigir distorções. Porque você pega a Polícia Militar, tem vários postos recebendo a mesma coisa. Não tem diferença salarial porque o teto comprimiu. O Estado mais rico do Brasil tinha um teto lá embaixo”, argumentou o governador eleito.
Os policiais militares, citados por Tarcísio, são a categoria que mais têm servidores beneficiados pelo aumento de 50% nos salários, conforme reportagem do Metrópoles. Dos 18 mil servidores que vão ganhar reajuste, mais de 3.200 são coronéis e tenentes-coronéis da corporação.
Antes da aprovação da medida, o governador eleito teria um vencimento de R$ 23.048,59, salário que representaria uma uma queda de 37% diante do pagamento que ele recebia como consultor legislativo da Câmara dos Deputados, sua lotação oficial até a eleição.
Com a decisão dos deputados estaduais, porém, seu salário agora será de R$ R$ 34.572,89. Além do aumento a Tarcísio, o salário do vice-governador foi aumentado de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41 e o dos secretários de Estado passará de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.
O percentual de reajuste, porém, é acima da inflação apurada desde março de 2019, quando o teto do funcionalismo subiu pela última vez. Neste período, no lugar de 50%, a inflação aferida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 24,69%.