metropoles.com

Tarcísio cita afago a Bolsonaro para justificar acordo com Valdemar

Questionado por bolsonaristas sobre apoio a candidato de Valdemar à presidência da Alesp, Tarcísio fala em retribuir cargo a Bolsonaro no PL

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Especial Metrópoles
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fala ao telefone após de imprensa eleições 2022 - Metrópoles
1 de 1 Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fala ao telefone após de imprensa eleições 2022 - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

São Paulo – Em meio ao flagrante distanciamento do bolsonarismo, o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) se viu obrigado a explicar a deputados bolsonaristas o acordo feito há 20 dias com Valdemar Costa Neto para apoiar um afilhado político do presidente nacional do PL na eleição à presidência da Assembleia Legislativa paulista (Alesp), marcada para março do ano que vem.

Em mais de uma conversa com aliados de Jair Bolsonaro (PL) que o visitaram no gabinete de transição de São Paulo nos últimos dias, Tarcísio justificou sua decisão dizendo que precisava retribuir a Valdemar a ajuda que ele está dando ao presidente da República depois da derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Tarcísio se refere ao acordo feito entre Bolsonaro e Valdemar após a eleição, no qual ficou acertado que o Partido Liberal bancará salário, casa e advogados para o atual presidente a partir de 2023, quando ele ficará sem mandato.

Os bolsonaristas ouviram, mas não engoliram a justificativa do futuro governador. Para eles, o afago a Bolsonaro era o mínimo que Valdemar poderia dar depois que o bolsonarismo ajudou o PL a eleger as maiores bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado.

Afilhado político de Valdemar

O candidato de Valdemar à presidência da Alesp é o deputado André do Prado (PL), seu afilhado político. No primeiro turno da eleição estadual, Prado liderou a ala do PL que apoiou o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) contra Tarcísio, embora seu partido estivesse na coligação do governador eleito. O apoio a Tarcísio só foi declarado na disputa com o petista Fernando Haddad, no segundo turno.

Com negociações avançadas com PT, que fez a segunda maior bancada da Alesp, com 18 deputados, André do Prado desponta como favorito na eleição da presidência do Legislativo paulista, em março de 2023. O PL elegeu o maior número de deputados, 19 ao todo, e é dividido entre liberais que estão há anos na legenda, e bolsonaristas que migraram para sigla junto com Bolsonaro, em 2021.

Na ala bolsonarista do PL, os deputados Gil Diniz e Major Mecca já haviam manifestado a aliados o desejo de concorrerem ao comando da Alesp, desde que contassem com o apoio do governador eleito. No partido de Tarcísio, o Republicanos, o deputado Gilmaci Santos ainda alimenta o sonho de ser o candidato governista à presidência, o que ficou inviável depois do acordo do entre o futuro chefe do Executivo paulista e Valdemar Costa Neto.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPolítica

Você quer ficar por dentro das notícias de política e receber notificações em tempo real?