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Tarcísio buscará governo federal para privatizar Porto de Santos

Governador de São Paulo afirmou que buscará diálogo com governo federal para viabilizar privatização de terminal portuário, barrada pelo TCU

atualizado

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Governo do Estado de São Paulo
Tarcísio de Freitas
1 de 1 Tarcísio de Freitas - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz que irá procurar o governo federal para levar argumentos favoráveis à privatização do Porto de Santos, empresa pública que era ligada ao Ministério da Infraestrutura quando era ministro e que, agora, deverá ficar sob controle do Ministério de Portos e Aeroportos, gerenciado pelo ex-governador paulista Márcio França (PSB), que tem sua base eleitoral na cidade de Santos.

O modelo de privatização defendido por Tarcísio, que previa a privatização da gestão do porto, hoje feita pela Santos Port Authority, antiga Companhia Docas de São Paulo (Codesp), foi adiado após ser paralisado no Tribunal de Contas da União (TCU). Havia previsão que o leilão ocorresse em dezembro.

Márcio França, entretanto, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo ainda em dezembro que o governo federal não tocaria tal privatização adiante.

“No caso do Porto de Santos, eu não desisti”, disse Tarcísio em entrevista nesta segunda-feira (2/1). “Vou levar meus argumentos ao governo federal para mostrar o seguinte: primeiro, não é uma privatização na acepção da palavra. É um modelo muito semelhante ao que aconteceu no setor de distribuição de energia, no setor elétrico. Você tem um ativo, que é a concessão e a administração do condomínio portuário, e o passivo é a empresa.”

Enquanto ministro da Infraestrutura, com poder para decidir sobre os rumos do porto, Tarcísio impediu a então gestão João Doria (ex-PSDB) de construir uma ponte ligando as cidades de Santos e Guarujá em uma obra que passaria por áreas pertencentes ao porto. A obra tinha financiamento da empresa Ecovias, que executaria o projeto em troca de ampliações no contrato de concessão das rodovias Anchieta e Imigrantes.

Na época, Tarcísio defendia que tal ligação deveria ser feita por um túnel. A dúvida se fazer uma ponte ou um túnel no local divide especialistas e autoridades públicas há décadas, e depende de um alinhamento entre os governos estadual e federal que nunca ocorreu.

Como governador, Tarcísio pode, porém, privatizar a Companhia Docas de São Sebastião, empresa paulista que administra um terminal de cargas no litoral norte do Estado.

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