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Tarcísio anuncia Kassab no Governo, Derrite na Segurança e pastor no Turismo

Governador eleito confirma que Kassab fará articulação política e deputado bolsonarista comandará a pasta da Segurança Pública

atualizado

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Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário da SSP Guilherme Derrite (PL-SP)
Tarcísio e Capitao Derrite
1 de 1 Tarcísio e Capitao Derrite - Foto: Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário da SSP Guilherme Derrite (PL-SP)

São Paulo – A equipe do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), oficializou nesta quarta-feira (30/11) a ida do ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) para o comando da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, e anunciou mais dois nomes que irão compor o primeiro escalão.

O comando da Secretaria da Segurança Pública ficará com o deputado federal bolsonarista Capitão Derrite (PL), ex-oficial da Polícia Militar que já comandou um pelotão da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM. A escolha de Derrite foi antecipada na semana passada pelo colunista do Metrópoles Igor Gadelha.

Para a Secretaria de Turismo, Tarcísio escolheu o pastor e também deputado federal Roberto de Lucena (Republicanos), que já havia comandado a mesma pasta durante um período do governo Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente eleito e hoje adversário do bolsonarismo.

Outros dois nomes do segundo escalão do governo também foram anunciados. O médico infectologista Esper Kallas para a presidência do Instituto Butantan e a procuradora Inês Coimbra para o cargo de procuradora-geral do Estado – ela havia sido nomeada para o mesmo posto pelo atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB) em abril deste ano. Kallas, cientista reconhecido da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) fazia parte da equipe de transição do governo.

Os anúncios foram feitos pelo coordenador da transição em São Paulo, Guilherme Afif. Ele afirmou que Tarcísio havia tido uma reunião no Palácio dos Bandeirantes antes da coletiva e que estava preso no trânsito. O governador eleito ainda não fez comentários sobre o aumento de 50% que a Assembleia Legislativa aprovou na terça-feira (29/11) para seu salário.

Derrite foi capitão da PM e criará uma situação inédita na história da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Os tenentes-coronéis da corporação, oficiais de maior patente, e o futuro comandante-geral, terão agora de prestar continência para um colega de fardas de patente mais baixa e que já deixou a corporação. Ao falar rapidamente com jornalistas, ele minimizou o eventual constrangimento. “Sou deputado eleito e reeleito. Com a instituição, os coronéis, já tenho uma boa relação até pelo exercício do mandato”, disse.

A chegada de Derrite também deve criar atritos com a Polícia Civil paulista, corporação que ao longo dos 27 anos da gestão do PSDB no Estado recebeu menos investimentos. A tradição tucana no Estado foi indicar membros do Ministério Público para a função.

Kassab

A nomeação de Gilberto Kassab, presidente do PSD, já havia sido antecipada por Tarcísio. O que ocorreu agora foi só a formalidade do anúncio oficial. O partido de Kassab vem ocupando importante espaço no gabinete de transição do governador eleito, a ponto de rivalizar com os bolsonaristas, grupo político que o lançou.

A intenção do ex-prefeito de São Paulo era manter controle da secretaria de Desenvolvimento Regional, pasta que mantém a maior interlocução com os prefeitos do interior do Estado, posição cobiçada por políticos que pretendem ampliar suas bases regionais. Com a extinção da pasta já anunciada por Tarcísio, Kassab acumulará essa função, além de ter a atribuição de conduzir as negociações com os deputados estaduais e com o Congresso.

“Não precisa se dizer muito do Kassab e da importância dele. A importância da articulação política. Do relacionamento com a estrutura política do Estado. A Assembleia Legislativa e principalmente com as prefeituras de todos os municípios, em que ele tem prática, conhecimento, e do relacionamento com o Congresso, onde ele lidera uma grande bancada tanto no Senado quanto na Câmara”, disse Afif.

Na gestão João Doria (ex-PSDB), Kassab iria assumir a pasta da Casa Civil. Mas não chegou assumir o posto por ter sido indiciado pela Operação Lava Jato.

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