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Sob coro de “sem anistia”, ato na USP cobra punição a terroristas

Ato na Faculdade de Direito da USP reuniu autoridades e membros da sociedade civil em protesto contra manifestações terroristas de domingo

atualizado

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Juliana Arreguy/Metrópoles
Na faculdade de Direito da USP, diversos manifestantes se posicionam a favor da democracia após atos violentos e terroristas de bolsonaristas. Eles ocupam com bandeiras o mezanino e auditório do local - Metrópoles
1 de 1 Na faculdade de Direito da USP, diversos manifestantes se posicionam a favor da democracia após atos violentos e terroristas de bolsonaristas. Eles ocupam com bandeiras o mezanino e auditório do local - Metrópoles - Foto: Juliana Arreguy/Metrópoles

São Paulo – “Sem anistia” foi o coro entoado no salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na manhã desta segunda-feira (9/1), em protesto ao ato antidemocrático promovido por terroristas neste domingo em Brasília.

“Não há e nem haverá anistia”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior. “Estamos aqui para exigir sem meias palavras que os responsáveis pelos crimes de barbárie sejam todos eles, seus financiadores e seus agentes, investigados, julgados e punidos na forma da lei.”

O evento ocorreu na Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo, e reuniu representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público, da União Nacional dos Estudantes (UNE), além de organizações da sociedade civil.

O grupo manifestou indignação e cobrou punição aos responsáveis pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. No local, manifestantes gritaram exigindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Patrícia Vanzolini, presidente da OAB-SP, defendeu as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinaram a remoção de perfis de bolsonaristas nas redes sociais. Segundo ela, o Supremo vinha sendo “duramente criticado por parcela da comunidade jurídica” pelas decisões, apontadas por alguns como “invasivas demais”.

“Agora, olhando em retrospecto, se havia alguma suspeita de que o Supremo estava indo longe demais, conseguimos perceber que, se era com essa ameaça que estávamos lidando, essas medidas eram necessárias”, disse ela.

“Violação, depredação, ameaça e golpe não pertencem ao jogo democrático e não podem ser aceitos nesse universo”, disse Patrícia Vanzolini.

Procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo afirmou que o compromisso do Ministério Público estadual (MP-SP) “será com a punição dessa organização criminosa”. Em sua fala, ele disse mais de uma vez que a declaração era institucional.

“Para o Ministério Público de São Paulo, são verdadeiras organizações criminosas que estão procurando subverter a ordem democrática e patrocinar e debater o golpe de estado contra a nossa democracia, que foi conquistada com vidas de estudantes, trabalhadores, advogados e membros da nossa sociedade civil”, declarou Sarrubo.

Alguns discursos convocaram os presentes para participar de outro ato pela democracia na noite desta segunda-feira. O evento está marcado para iniciar às 18h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.

Também estiveram no local os deputados estaduais Carlos Giannazi e Mônica Seixas (ambos do PSOL), o deputado eleito Eduardo Suplicy (PT), o padre Júlio Lancelotti, o jornalista Juca Kfouri e o ex-jogador Walter Casagrande Júnior.

Mais cedo, o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), declarou que os acampamentos bolsonaristas em frente ao quartel do Ibirapuera serão desmontados por meio do diálogo.

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