Senadora por SP, Mara Gabrilli troca PSDB por PSD de Gilberto Kassab
Senadora Mara Gabrilli deve anunciar migração para o partido de Gilberto Kassab na semana que vem, quando Senado retomar trabalhos
atualizado
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São Paulo – A senadora paulista Mara Gabrilli trocará o PSDB, partido pelo qual eleita em 2018, pelo PSD de Gilberto Kassab em meio a uma ofensiva kassabista para atrair tucanos paulistas, desorganizados desde a malfadada campanha presidencial de João Doria, que não se concretizou, e a derrota de Rodrigo Garcia ao governo paulista.
Com isso, a bancada paulista no Senado fica com um representante do MDB (Alexandre Giordano, alçado ao cargo após a morte de Major Olímpio), um do PL (o ex-ministro e ex-astronauta Marcos Pontes) e uma do PSD (Mara), com predominância da centro-direita.
Mara trata da mudança ainda de forma discreta porque só pretende anunciar a decisão após conversar com José Serra, que a trouxe ao partido e por quem a senadora tem um sentimento de lealdade.
A senadora cedeu às ofensivas de Kassab diante da perda de espaço de Serra na legenda após a derrota nas últimas eleições e diante da saída de Doria, outro tucano de quem era próxima.
Além disso, a ascensão de Eduardo Leite à presidência do partido (com quem Mara já não tinha muito contato) deve levar à Executiva Nacional da legenda Paulinho Serra, prefeito de Santo André, com quem Mara tem atritos.
Por outro lado, Kassab teve papel importante na ideia de demover o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de extinguir a Secretaria da Pessoa Com Deficiência, pasta da qual ela foi secretária, na prefeitura, de Serra.
Avanço de Kassab
A migração da senadora faz parte de uma estratégia de fortalecimento do PSD esperada por aliados de Kassab desde o fim do ano passado.
Como secretário de Governo de Tarcísio e com mais de R$ 1,8 bilhão em caixa para distribuir por meio de convênios aos municípios, o ex-prefeito da capital faz uma ofensiva para atrair prefeitos tucanos para sua legenda.
Paralelamente, até aqui, o governo Tarcísio deixou tucanos de fora do primeiro escalão. O único remanescente do governo passado identificado com o partido e que foi acomodado na atual gestão é justamente o secretário adjunto de Kassab, Marcos Penido.