metropoles.com

Relator do PL das Fake News acusa big techs de fazerem “jogo sujo”

Deputado Orlando Silva disse que big techs como o Google e o Twitter fazem trabalho de “sabtagem” contra aprovação de PL das Fakw News

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução PCdoB
Foto colorida mostra deputado federal Orlando Silva, do PCdoB. Ele é relator do PL das Fake News - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra deputado federal Orlando Silva, do PCdoB. Ele é relator do PL das Fake News - Metrópoles - Foto: Reprodução PCdoB

São Paulo — O deputado federal Orlando Silva (PCdoB), relator do PL das Fake News na Câmara dos Deputados, fez uma série de ataques às empresas de tecnologia nesta segunda-feira (1º/5), durante ato do Dia do Trabalhador promovido pelas centrais sindicais no centro de São Paulo.

O parlamentar disse que as big techs estão fazendo um “jogo sujo” para influenciar de forma negativa a votação do projeto de lei no Congresso brasileiro. A Câmara já aprovou a tramitação do PL das Fake News em regime de urgência, mas a proposta sofre forte resistência da oposição, principalmente de bolsonaristas.

“Nós tivemos uma ação suja das big techs. Eu nunca vi tanta sujeira em uma disputa política. Porque o Google, por exemplo, usa sua força majoritária no mercado para ampliar o alcance das posições de quem é contra o projeto e diminuir o alcance de quem é favorável ao projeto. SleepGiants, que é uma rede conhecida, tiveram uma redução brutal de alcance no Twitter, da noite para o dia. Então, essas grandes empresas usam a força econômica e a presença no mercado para distorcer o debate político”, afirmou Orlando Silva.

A declaração foi dada por Orlando Silva assim que o deputado chegou ao Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, para participar do ato do Dia do Trabalhador organizado pelas centrais sindicais. O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Silva afirmou ainda que há pessoas em sintonia com essa estratégia das big techs. Como exemplo, ele citou o deputado federal Deltan Dellagnol (Podemos-PR), ex-procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

“Aquela declaração do Delagnol, que disse que o projeto iria proibir pastor de falar versículo bíblico no púlpito da igreja, um homem que veio do Ministério Público e tem formação jurídica… Ele sabe que isso é impossível. Mas por que ele opta por fazer isso? (Porque ele) é parte desse jogo sujo. E quem deu a ideia para ele foi justamente essas empresas que estão neste trabalho de sabotagem, tentando articular uma resistência custe o que custar”, disse Silva.

O deputado afirmou que não faria comentários sobre a tramitação do projeto, que pode ser votado nesta terça-feira (2/5). Ele disse que a questão que segue em aberto é referente à criação ou não de uma agência reguladora para fiscalizar a atuação das plataformas e o cumprimento da lei.

Silva disse ser favorável à criação de um órgão público específico para o tema, mas disse que o entendimento que mais vem prosperando na discussão entre os líderes de bancadas é repassar a responsabilidade para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“A Anatel é a que mais tem sido falada pelas bancadas. Já tem emenda pronta, inclusive. A visão dos críticos é que ela seria muito permeável aos interesses das empresas. Para usar uma palavra usual que ouço é capturada pelas empresas”, afirmou.

O deputado disse ainda que outra opção para destravar o tema seria a autorrelação das empresas, com a Justiça como caminho no caso de alguma infração à lei.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPolítica

Você quer ficar por dentro das notícias de política e receber notificações em tempo real?