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Mudanças climáticas: Lula diz que está “esperando até agora” bilhões prometidos

Segundo Lula, US$ 100 bilhões foram prometidos em 2009 por países desenvolvidos, na COP de Copenhague, mas até agora o dinheiro não chegou

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1 de 1 Imagem colorida de Lula em evento em SP - Foto: Reprodução/YT/TVGov

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar dos países desenvolvidos recursos prometidos para ajudar o Brasil e outras nações em desenvolvimento a protegerem florestas e reduzirem danos ambientais e climáticos.

“Estou esperando até agora os US$ 100 bilhões”, disse nesta sexta-feira (2/6), durante visita à nova fábrica da Eletra, que produz ônibus elétricos, em São Bernardo do Campo (SP).

Lula já havia feito cobrança semelhante no início de maio, quando participou do encontro do G7, no Japão. Segundo o presidente, a promessa foi feita em 2009, na COP de Copenhague, mas até agora o dinheiro não chegou. O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Ele disse que há alguns dias, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Noruega anunciaram que vão liberar recursos para o Brasil, mas ressaltou que não é apenas o país que precisa.

“A Amazônia não é só brasileira, você tem floresta em oito países. Se eles, que são industrializados, já desmataram o que tinha de desmatar, têm de pagar para que quem tem floresta ainda mantenha a floresta em pé”, declarou.

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A ampliação da fábrica de ônibus elétricos é parte de um plano de investimento de R$ 150 milhões. Durante o seu discurso, Lula declarou que “vai tentar convencer prefeitos no Brasil inteiro a fazerem essa transição energética”.

“A gente vive falando de desmatamento na Amazônia, mas na hora de fazer as coisas, não faz”, afirmou.

O presidente também criticou o fato de que “os europeus querem que o Brasil abra as portas para as compras governamentais”, numa referência a acordos com a União Europeia (UE).

“O Brasil, nos anos 1980, era muito maior do que a China. E vejam o que a China virou, e onde o Brasil está”, declarou Lula.

Lula estava acompanhado pelo vice, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento e Indústria; primeira-dama Janja e pelos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Camilo Santana (Educação), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Luiz Marinho (Trabalho), Márcio França (Portos e Aeroportos), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Renan Filho (Transportes).

Fernando Haddad (Fazenda) esteve mais cedo com Lula e os demais ministros na inauguração de um novo bloco da Universidade Federal do ABC (UFABC).

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