MTST, de Boulos, monta acampamento na Prefeitura em ação contra Nunes
Movimento ligado a Guilherme Boulos diz que montou acampamento para cobrar a Prefeitura após Nunes não cumprir acordos sobre desapropriação
atualizado
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São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) montou na noite dessa terça-feira (14/3) um acampamento na sede da Prefeitura da capital, no Viaduto do Chá, em protesto contra a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O movimento tem como coordenador nacional o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), cotado para ser candidato nas eleições municipais do ano que vem contra o atual prefeito.
Segundo o movimento, cerca de 500 pessoas estiveram em manifestações realizadas ao longo da tarde na terça e 300 pessoas pernoitaram no local. Nesta quarta (15/3), o grupo deve promover novos atos na Prefeitura, com promessa de público maior.
Ainda de acordo com a organização do movimento, o motivo do protesto seria o descumprimento de compromissos que Nunes e seu antecessor, Bruno Covas (PSDB), morto em maio de 2021, teriam feito acerca de desapropriação de terrenos para a construção de moradias populares.
O prefeito não viu a manifestação. Nunes está em Brasília, onde foi se encontrar com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, e com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar da aquisição de um prédio público federal pela Prefeitura, entre outros temas.
Resposta da Prefeitura
Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Habitação informou que “mantém diálogo permanente com os movimentos de moradia, para tratar de demandas e projetos relacionados as organizações”.
Ainda segundo a nota, a Prefeitura “tem ampliado os instrumentos de atendimento para reduzir o déficit habitacional na capital e atender o maior número de famílias”.
A nota cita ainda entregas que a gestão Nunes fez na área de moradia. “Entre 2021 e 2023, foram entregues cerca de 6 mil unidades habitacionais. Outras 12,7 mil novas moradias estão em obras. Além das unidades viabilizadas pelo Pode Entrar (programa de habitação da cidade)”.