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Milton Leite vence eleição em SP com apoio de PT e bolsonaristas

Atual presidente da Câmara Municipal, Milton Leite foi reeleito para inédito 3º mandato com 47 votos entre os 55 vereadores paulistanos

atualizado

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Afonso Braga/Câmara de SP
Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo
1 de 1 Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo - Foto: Afonso Braga/Câmara de SP

São Paulo – O atual presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União), foi reeleito para um inédito terceiro mandato no comando do Legislativo paulistano, no fim da manhã desta quinta-feira (15/12).

Leite obteve 47 votos entre os 55 vereadores. Ele concorreu contra Silvia Ferraro (Psol), que teve sete votos.

A eleição uniu petistas e bolsonaristas no apoio ao atual presidente. O PT é o maior partido de oposição da Casa, mas preferiu deixar o Psol sozinho na oposição em troca da indicação para o cargo de primeiro secretário na Mesa Diretora, responsável pelos contratos administrativos da Câmara.

Leite, que está na Câmara Municipal há 25 anos, buscou dar um tom de despedida no discurso em que defendeu sua candidatura ao terceiro mandato consecutivo. “Este é meu último mandato. Vou sair da vida pública”, afirmou.

“Não serei candidato a prefeito, não vou para o Tribunal de Contas (TCM), não irei a lugar nenhum”, disse o vereador do União Brasil, em meio a aplausos dos colegas. Em seu discurso, apresentou um vídeo com projetos de lei cujas votações foram conduzidas por ele.

Embora o regimento da Câmara preveja que todos os candidatos têm tempo de cinco minutos para fazer seus discursos de candidatura, Leite falou por 9 minutos e 20 segundos.

Além do tempo menor, o discurso de Silvia Ferraro foi interrompido duas vezes para que se pedisse silêncio ao plenário, pois os vereadores conversavam entre si tão alto que ela não estava sendo ouvida. Ela disse que sua candidatura representava, entre outros motivos, a presença das mulheres no Legislativo.

Na bancada do PT, houve ironia durante a declaração dos votos. “Pela renovação, Milton Leite”, disse Arselino Tatto quando declarou seu voto, via teleconferência. Senival Moura buscou se explicar para a base ao apoiar o atual presidente. “(A proporcionalidade) é uma tradição aqui. O PT já governou e foi assim”, disse.

Além do PT, Leite também recebeu o voto de Sonaira Fernandes (Republicanos), vereadora bolsonarista que já foi assessora do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Ao declarar seu voto, Sonaira disse que votava em Leite “contra o movimento feminista e desagregador”.

Os petistas indicaram Alessandro Guedes para o cargo de primeiro secretário.

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