Manifestantes fazem protesto em SP contra atos terroristas em Brasília
Manifestantes protestam nesta segunda-feira (9/1) na Avenida Paulista, em SP, contra os atos terroristas que ocorreram no domingo no DF
atualizado
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São Paulo – Manifestantes convocados por movimentos sociais e partidos de esquerda protestam nesta segunda-feira (9/1) na Avenida Paulista, em São Paulo, contra os atos terroristas que ocorreram no domingo (8/1), em Brasília, que resultaram na depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato teve início por volta das 18h e fechou os dois lados da Avenida Paulista. O caminhão de som onde discursam as lideranças do protesto foi posicionado em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os manifestantes pedem “Bolsonaro na prisão” e gritam “sem anistia” aos golpistas, com faixas que cobram a punição aos terroristas.
Segundo os organizadores, às 19h30, cerca de 60 mil pessoas já ocupavam cerca de seis quarteirões da Avenida Paulista, entre as alamedas Campinas e Ministro Rocha Azevedo. A Polícia Militar, que acompanha a manifestação, não divulga estimativa de público.
“Ontem foi o mais virulento ataque a que a democracia brasileira já recebeu. Essa é a hora dos democratas ocuparem as ruas. É o primeiro ato, outros virão com mais fôlego e mais força”, disse ao Metrópoles o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP).
O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol) disse que subiu ao palco para “mandar um recado” ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado político do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não adianta tentar fazer em São Paulo o que fizeram no Distrito Federal”, disse Boulos, que foi um dos responsáveis por convocar o ato.
Também estiveram na manifestação os deputados estaduais Carlos Giannazi (Psol), José Américo (PT), o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) e Antônio Neto (PDT), candidato a deputado federal nas eleições de 2022.
Eleito deputado estadual, Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu que os bolsonaristas que atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília arquem financeiramente com os prejuízos.
“Sei o quão importante é nós respeitarmos a Constituição. De maneira nenhum podemos aprovar a destruição dos móveis, dos vidros, do Palácio do governo, do STF. Obras de Cândido portinari. É preciso que esses que depredaram venham a contribuir a pagar esse prejuízo inadmissível que aconteceu”, disse Suplicy ao discursar no caminhão de som.
O ator Paulo Betti também compareceu ao ato na Avenida Paulista. “Muita gente disse que fazer isso aqui era responder a algum tipo de provocação. Mas a gente precisa ocupar esse espaço, nós temos que ir para as ruas pacificamente”, declarou ele ao Metrópoles.